Esporte: 10ª Corrida do Aço leva centenas de competidores às ruas da Marabá Pioneira

Após dois anos sem ser realizada por conta da pandemia, neste domingo, 25, os apaixonados por corrida puderam participar da 10ª edição da Corrida do Aço, uma das competições mais tradicionais da cidade, organizada pela Siderúrgica Norte Brasil (Sinobrás) e que contou com apoio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.

Neste ano, a competição veio com novidades como o aumento na quantidade de prêmios, ampliação das faixas etárias e a premiação por equipes. Todas as 700 vagas foram preenchidas e ainda houve quem procurasse se inscrever após o encerramento das inscrições, mostrando o quanto os atletas estavam ansiosos para  competir nas modalidades de caminhada e 5 e 10 quilômetros.

“Todo mundo buscando correr, buscando ter essa integração, estar junto que o grande propósito da corrida do aço quando a gente pensou. Primeiro para poder celebrar a verticalização do minério aqui no Pará. Mas também um grande ponto para a comunidade, para todos nós. Incentivar o esporte, incentivar a saúde. A gente se sente abraçado pela cidade, a gente se sente abraçado por todo mundo que está participando. A gente fica muito satisfeito, o apoio da imprensa, o apoio dos órgãos administrativos, públicos. A gente fica muito feliz com esse momento”, avalia o vice-presidente da Sinobrás, Ian Corrêa.

A concentração aconteceu na Praça São Félix de Valois, na Marabá Pioneira, juntando centenas de atletas já nas primeiras horas do dia. Entre os participantes estava a atleta amadora Kelly Andrade, que competiu na categoria de 5 quilômetros. “Eu tenho o costume de correr já tem um tempo. Comecei há uns cinco ou seis anos. Meu objetivo é participar e fazer parte daqui do pessoal, que eu gosto dessa energia pra corrida. Eu tenho um tempo pessoal de pelo menos em 30 minutos”, explica.

Campeões

No percurso de 5 quilômetros, o campeão foi Antônio Silva que já corre há alguns anos. Ele já acumula medalhas, na última edição da corrida venceu o percurso de 10 km. “Já tem cinco anos que eu estou correndo profissionalmente mesmo. A corrida para mim significa muito… É um esporte que a gente salva vida, tira bastante gente de algumas situações ruins e traz para uma situação melhor. E eu faço isso porque amo. Corrida para mim é uma das coisas maravilhosas que a gente tem, é o nosso esporte. A gente vem trabalhando para isso, buscar o melhor resultado e o resultado vem, fruto de muito trabalho”, pontua.

Entre as mulheres, na categoria 5 km, a campeã da categoria foi Ione Guedes. Ela compartilha que sua expectativa, de fato, era ficar entre as primeiras colocadas. A corrida foi a volta da atleta às competições. Ela já venceu a prova em outras ocasiões e comenta sobre o sentimento de voltar a competir.

“É muito bom a gente poder voltar, que eu estava parada. Aí poder voltar conquistando o primeiro lugar para mim é perfeito, um resultado positivo. Eu treino todos os dias, às vezes eu vou de manhã, às vezes a tarde, quando dá porque tem que conciliar com os afazeres. Eu sempre tento manter o treinamento porque se não eu não consigo o resultado esperado”, ressalta.

Na categoria de 10 km, a campeã entre as mulheres foi Leila Santos. Ela tem 23 anos e há apenas dois começou a correr, a partir de uma brincadeira em sua cidade, Itupiranga. Desde então, amigos a incentivaram a continuar no esporte. A atleta explica que, para a corrida, estudou bem quem seriam as adversárias, além de conhecer bem o próprio ritmo e o tempo em que poderia completar a prova já que saiu de uma lesão recentemente. A corrida foi uma superação pessoal para ela.

“Na verdade, minha preparação está sendo  mais uma briga comigo mesmo porque eu estou vindo de uma lesão. Já estou com quase quatro meses lesionada, mas aí eu vim me preparando mentalmente, principalmente. Vim aqui e consegui fazer o meu melhor hoje. Hoje em dia, a corrida é praticamente quase tudo. Primeiramente vem a família e em segundo lugar a corrida, que tem me tirado de uma ansiedade, tem me preparado muito, principalmente, como ser humano mais ainda porque no esporte a gente conhece tanta gente, fazemos tantas amizades”, destaca a corredora.

O campeão entre os homens foi Antônio Lima. Ele nasceu no Piauí, mas atualmente mora em Canaã dos Carajás. Praticante do esporte há sete anos, Antônio se considera um atleta amador de bom rendimento. Recentemente, ele chegou de Buenos Aires após participar de uma competição e já conheceu cidades como Rio de Janeiro, Florianópolis e Belo Horizonte, por meio do esporte.

“Eu só tenho que agradecer a Deus, ao apoio da minha esposa. Já sou freguês aqui em Marabá, já fui campeão várias vezes. Uma hora é campeão, noutra hora a gente é segundo, terceiro. Estamos aí, o importante é participar. Para mim é muito gratificante. Não tem um ser humano que não tem uma história, né? Eu era do mundo errado e depois que entrei na corrida só tenho a agradecer a Deus. Cresci mais, aprendi a ser humilde, respeitar o próximo. E a corrida é isso. Não importa o tanto que você corre… que é muito gratificante é a sua saúde”, pontua o atleta.

O Secretário de Viação e Obras Públicas, Fábio Moreira, amante das corridas, representou a Prefeitura de Marabá e recebeu uma menção honrosa pelo apoio de todas as secretarias.

Apoio

A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) atuou no planejamento da corrida, que contemplou em seu trajeto a nova orla Encontro dos Rios, inaugurada na última sexta-feira. Além disso, outro órgãos municipais como Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) e a Guarda Municipal de Marabá também atuaram no apoio à competição.

“A Prefeitura de Marabá e Marabá com um todo têm orgulho da corrida da Sinobrás. É uma corrida tradicional da cidade. A Sinobrás faz isso visando proporcionar mais um momento de lazer e saúde para a comunidade de marabaense. Então, apoiar um evento como esse é um prazer muito grande”, avalia Thyago Ferraz, secretário de Esportes de Marabá.

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Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio