8 de março: Rede de apoio auxilia no combate à violência doméstica e à discriminação de gênero
Centro de Referência de Atendimento a Mulher (CRAM) atende as mulheres vítimas de violência, primeiramente com atendimento psicossocial e depois encaminha essas mulheres para toda rede de proteção.
O Boletim de Segurança de 2022 aponta que no Brasil uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas no país. Foram mais de 2400 casos registrados no ano passado. Muitos deles terminam em feminicídio, assassinato de uma mulher resultante de violência doméstica ou discriminação de gênero.
Para mudar esse quadro, atualmente as mulheres do município de Marabá contam com uma grande rede de apoio formada pela Coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres da Seaspac, Fundação Parápaz, Delegacia Especializada no Atendimento da Mulher (DEAM), Patrulha Maria da Penha, Conselho Municipal do Direito da Mulher (Comdim) e vários órgãos, entidades e movimentos sociais que lutam cotidianamente para dar suporte as mulheres vítimas de violência e diminuir o número de vítimas de feminicídio.
Por parte do poder público municipal, um dos órgãos a dar esse suporte é o Centro de Referência de Atendimento a Mulher (CRAM), que atualmente, atende as mulheres vítimas de violência, primeiramente com atendimento psicossocial e depois encaminha essas mulheres para toda rede de proteção.
“Estamos com psicólogo, assistente social, fazendo o atendimento psicossocial e encaminhando essa mulher para a rede de atendimento. Temos salas das técnicas, estamos fazendo grupo de reflexão e conversa, encaminhando a mulher para o atendimento especializado. Mulheres que têm alguma necessidade de atendimento psicológico médio ou moderado também são encaminhadas para o AMENT ou para o CAPS”, destaca a secretaria adjunta da Seaspac, Priscila Veloso.
O CRAM começou a funcionar em julho de 2022 e já ajudou cerca de 60 mulheres do município no período. Priscila faz um apelo às mulheres que forem vítimas de violência. “Quem tiver sofrendo violência, denuncie na Delegacia da Mulher, funciona 24h, e depois procure o atendimento no CRAM. Todas as mulheres dentro do ciclo da violência podem procurar a gente aqui. A rede de proteção junto com os movimentos sociais tem pensado em politicas publicas efetivas que venham a contemplar essa mulher”, completa.
O prédio do CRAM funciona na Folha 32, quadra 08, lote 07, junto com a Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres e o Comdim. Para esse mês de março, o órgão está realizando diversas atividades, como palestras em escolas, encontro com mulheres, além da marcha que acontece hoje, quarta (8).
“Durante esse mês, estamos repleto de ações. Nós apoiamos fisicamente e damos suporte que várias instituições solicitam. Agora temos ações pela SMS que o Comdim apoia, assim como marcha pela vida das mulheres”, comenta a presidente do Comdim, Gabriela Cavalcante.
O conselho o atua como fiscalizador dos serviços prestados pelas instituições governamentais e atualmente está com 24 conselheiras de diferentes setores da sociedade.
“Estamos aqui para propor ações e fiscalizar como a rede está funcionando. Hoje recebemos denúncias das mulheres e encaminhamos. Temos uma rede com conselheiros compostos de órgãos governamentais e não governamentais, que estão dispostas em diferentes áreas. Sendo provedores de ações da políticas públicas tanto na violência, quanto no acolhimento, empreendedorismo, que gerem oportunidades para essas mulheres”, completa Priscila.
O município de Marabá também conta com o serviço da Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal de Marabá (GMM), composta por cinco guardas municipais e dois policiais militares, atuando em casos já judicializados, mediante medida protetiva de urgência, prevista em Lei 11.340 – Lei Maria da Penha expedida pelo judiciário. Eles fazem rondas nas casas das vítimas e dos acusados para garantir a segurança da mulher.
Serviço
Atendimento
CRAM – Folha 32,Quadra 08, Lote 07, Nova Marabá
Canais de denúncia
DEAM Marabá – Avenida Espírito Santo, 98, bairro Amapá
maraba.deam@gmail.com
Patrulha Maria da Penha (GMM/PM)
94 98801-9879
Disque-denúncia (94) 3312-3350
Disque 100
Polícia Militar 190 (em caso flagrante)
Polícia Civil Nacional 180
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes e arquivo