Esporte: Marabaense participa de competição mundial de fisiculturismo em Las Vegas

A fisiculturista marabaense Leyvina Barros, 25 anos, já está em preparação para participar de uma das principais competições de fisiculturismo do mundo: o Mr. Olympia, que será realizado entre os dias 16 a 18 de dezembro, em Las Vegas. Ela foi a primeira colocada da categoria Women`s Bodybuilding Pro, no Campeonato Muscle Contest Brazil na Expo Super Show, realizada no Rio de Janeiro, no final de junho, o que garantiu a vaga para a competição internacional.

“Agora é que tá caindo a ficha, porque o Mr. Olympia do fisiculturismo é a copa do mundo do futebol. Ele é o topo, é onde muita gente que é do esporte sabe o valor que o evento tem. Principalmente pelo retorno financeiro, profissional, visibilidade, patrocínio. Eu sempre assistia o Mr. Olympia pela televisão vendo grandes nomes subindo ao palco. Então sempre admirei muito, mas nunca me imaginei estar no Mr. Olympia. Foi tudo muito surpresa, fiz uma preparação rápida, porque uma preparação de atleta profissional dura em torno de 5 a 6 meses e eu fiz uma preparação de 6 semanas. Como atleta meu peso oscila muito, em período fora de competição, peso 72kg, quando vou para competição, subir no palco eu baixo uns 12 a 15 quilos. Tenho 1,61 de altura, padrão”, observa Leyvina.

O secretário de Esporte e Lazer, Thyago Ferraz, elogia o desempenho da atleta no esporte.

“O bodybuilding é um dos esportes que mais crescem no mundo. Ter uma marabaense campeã na modalidade e participando de um campeonato dessa dimensão é motivo de orgulho para a cidade. Leyvina vivencia o esporte desde a adolescência e esse resultado é muito mais que merecido”, reconhece o secretário.

Família é inspiração para Leyvina

Leyvina Barros é casada com o também esportista do fisiculturismo marabaense Antônio Inácio “Batata”, grande incentivador e treinador. Mas a história com o esporte começou bem antes do relacionamento. Segundo ela, a inspiração veio primeiro do avô e do pai e aos 13 anos de idade iniciou os treinos em academias.

“Eu sempre procurei me profissionalizar, estudar sobre o esporte, a profissão, atividades físicas e em uma dessas, eu estive em uma palestra em que o palestrante era um fisiculturista. Ele me olhou e disse que eu era mais forte que ele. Então me questionou se eu já havia pensado em ser uma atleta, pensado em competir e daí por diante comecei por curiosidade. Quando conheci meu marido ele apostou em mim, continuei e nunca mais parei de competir.  

Além disso, Leyvina também conta com o apoio do coach Edson Prado que acompanha a atleta mesmo distante. Atualmente ele mora em Orlando, nos Estados Unidos.

Desafios

De acordo com Leyvina, um dos maiores desafios é o mesmo em todas as categorias do esporte, que é a conquista de apoio e reconhecimento. Assim, ela explica sua luta pelos direitos, valorização dos esportistas e sonhos em realizar projetos.

“Eu espero trazer o título, espero fazer um bom trabalho e vou dar cem por cento de mim, para a gente finalizar o ano com uma grande vitória. Eu recebi um convite para ir pra Nova Jersey, agora no fim desse mês, antes do Olympia. Tem uma academia que me incentiva desde o ano passado, acompanha minha trajetória e eles não quiseram esperar, estou indo para um grande evento lá”, revela a fisiculturista.

Trajetória

Leyvina compete no fisiculturismo desde os 16 anos de idade e já acumula alguns títulos. Foi campeã paraense por três vezes. Tem dois campeonatos goianos. Participou de campeonatos brasileiros em outros estados como Santa Catarina, Distrito Federal, São Paulo e o mais recente no Rio de Janeiro. Além de ter vencido um campeonato no Paraguai em 2018.

Social

Fora do esporte, a atleta leva uma vida normal e atrelada a práticas saudáveis. Leyvina é personal trainer e empreendedora proprietária de uma lanchonete de alimentos saudáveis.

“Eu ainda não sobrevivo só do esporte. Quem me conhece pensa que eu só puxo ferro, mas não. Tem a Leyvina dona de casa, a mulher que tem um marido pra cuidar, e a gente tenta se organizar pra ser tudo nessas 24 horas”, destaca.

Texto: Leydiane Silva

Fotos: Paulo Sérgio