Segurança: Guarda Municipal de Marabá no combate ao feminicídio e violência doméstica
A campanha “Deixa elas viverem”, que tem o objetivo de combater a violência doméstica e o feminicídio no município, idealizada pela Patrulha Maria da Penha de Marabá em parceria com o Instituto Familiar de Marabá e Rede de Proteção da Mulher, as equipes da campanha nos dois últimos finais de semana estiveram nos Residenciais Tocantins e Magalhães, balneários, área de embarque para as praias e comércios do núcleo São Félix. Durante a ação, houve distribuição de panfletos e orientações, bem como incentivo aos cidadão sobre a importância de fazer denúncias, que podem salvar vidas.
De acordo com a GMM, já foram alcançadas, com palestras e esclarecimentos, mais de 400 pessoas, entregue 550 panfletos e cartazes em estabelecimentos comerciais do núcleo São Félix, local que se tornou foco da campanha devido ao feminicídio da jovem Karina Conceição, de 26 anos, seguido de suicídio do seu companheiro.
A campanha continua em agosto, com ações no bairro Nossa Senhora Aparecida e Folha 28, por conta da incidência de violência doméstica nos referidos bairros.
Rede de proteção
A violência contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. São exemplos deste tipo de violência, a agressão física, humilhação, perseguição, ameaças, sexo forçado, impedimento do uso de contraceptivos, indução ao aborto, subtração ou destruição de objetos, difamação e calúnia. O agressor pode ser tanto um homem quanto uma mulher, desde que seja caracterizado um vínculo familiar ou de afetividade.
Em Marabá, as mulheres em situação de violência doméstica contam com um conjunto de entidades, profissionais e instituições no combate, proteção e defesa dos direitos das mulheres, tão logo o fato é denunciado. A Patrulha Maria da Penha faz parte dessa rede. Composta por cinco agentes da Guarda Municipal de Marabá (GMM) e dois policiais militares, atua apenas em casos já judicializados, mediante medida protetiva de urgência da Lei 11.340 – Lei Maria da Penha expedida pelo judiciário.
“O trabalho da Patrulha não é só acompanhar as medidas protetivas, mas ajudar no sentido de auxiliar judicialmente, na assistência, conscientizar, orientar e informar, pra que a mulher possa retomar a sua vida. O trabalho é tão acolhedor que em alguns casos elas acabam voltando para o atendimento. Isso porque voltaram com o autor [agressor], pensando que ele iria mudar e acabaram sendo incluídas novamente no programa”, comenta a agente Jacileia Saldanha, coordenação da Patrulha Maria da Penha.
Canais de denúncias
As denúncias de agressão contra a mulher podem ser feitas por qualquer pessoa, por meio do disque-denúncia (94) 3312-3350, Polícia Militar por meio do 190, ainda o 180 que é nacional atendido pela Polícia Civil, o Ministério Público, Delegacia da Mulher localizada no Bairro Amapá, Creas e Conselho da Mulher.
Texto: GMM (Bruene Willis) com informações de Leydiane Silva
Fotos: Divulgação GMM e Paulo Sérgio
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