Cultura: 30ª Romaria Fluvial encerra atividades do Divino Espírito Santo
Um misto de emoção e fé marcou o encerramento das festividades dos grupos do Divino Espirito Santo em Marabá. A tradicional romaria fluvial, realizada no sábado, 27, percorreu um trecho dos Rios Itacaiúnas e Tocantins, contornando o bairro Francisco Coelho, na Marabá Pioneira.
Foram 28 barcos que conduziram os devotos e foliões do Divino Espirito Santo. As enormes bandeiras vermelhas simbolizam o sangue de Jesus na cruz, que flamejavam enquanto hino eram embalados pela batida da caixa do Divino.
“Para nós é um momento de demonstração de fé e muita devoção ao Divino Espirito Santo, um momento de agradecimento, de harmonia e de renovação de nossas forças para continuar nossa caminhada”, declarou Maria Luiza Dias, Presidente da Associação dos Grupos de Divino Espirito Santo de Marabá.
dos Grupos de Divino Espirito Santo de Marabá
A Romaria Fluvial, que está na 30ª edição, não foi promovida em 2020 devido à pandemia. No ano passado, a celebração foi realizada respeitando os protocolos de saúde. Este ano, uma grande multidão pode acompanhar a procissão.
Devota do Divino Espírito Santo, há mais de três décadas, a aposentada Hilda Vieira, 68 anos, acompanha todos os anos a caminhada, que abre as festividades, e a Romaria Fluvial, marcando o encerramento dos Festejos dos grupos de Divino em Marabá.
“Eu perdi um neto há poucos dias e eu me vi completamente perdida e foi justamente em minhas orações e pedidos ao Divino Espírito Santo, que me deram forças para passar esse momento difícil em minha vida, sei que nunca vou superar tudo isso, mas preciso dessa força para viver”, declarou Hilda Vieira, 68 anos.
Em Marabá, de acordo com a Associação do Grupos de Divino, existem 18 grupos cadastrados distribuídos pelos bairros da cidade e também na zona rural, como nas vilas Espirito Santo, São José e do Carrapato.
Para Vanda Américo, presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, investir na manutenção dos grupos de Divino é investir na continuidade de uma tradição cultural e religiosa, iniciada desde a fundação do município, há mais de 100 anos.
“É uma festa religiosa que eu trago na minha história aqui no bairro Santa Rosa. O povo do Divino está de parabéns por manter viva esta tradição e o governo, através da Fundação, tem por orientação ajudar na manutenção das festividades do Divino, pois faz parte da própria história de Marabá”, disse Vanda Américo, Presidente FCCM.
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Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio