CCZ: Dia Mundial de Luta contra a Raiva alerta para cuidados com animais domésticos
Nesta quarta-feira, 28, é celebrado Dia Mundial da Luta contra a Raiva. Em Marabá, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é responsável pelo controle da doença, que não apresenta casos em cães e gatos desde 2011.
No município, a campanha acontece com a equipe de vacinação batendo de porta em porta, em todos os bairros. Além disso, com o fim da ação na zona urbana, as equipes seguem para a zona rural.
A campanha de vacinação contra a raiva iniciou em setembro, nos núcleos Morada Nova e São Félix. Atualmente, a equipe continua a imunização no núcleo Nova Marabá. Hoje, a vacinação ocorre no Km-7 e Folhas 18 e 19.
A raiva é causada por um vírus que ataca, em especial o sistema nervoso central dos animais, causando comportamento agressivo, saliva em excesso, paralisia de membros, fazendo com que o animal deixe de se alimentar e beber água.
No ser humano, a raiva humana (hidrofobia) geralmente se manifesta quando o vírus alcança o cérebro. Os sintomas iniciais podem ser parecidos com os de outras doenças como: mal-estar, febre, dor de cabeça e garganta, vômitos, falta de apetite e outros.
A inflamação causada pelo vírus junto ao encéfalo faz aparecer os primeiros sintomas neurológicos: ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, delírios, espasmos musculares involuntários e convulsões. Os espasmos podem levar à paralisia, alterações cardiorrespiratórias e outros sintomas.
Dos 45 casos registrados de raiva humana, entre 2010 e 2022, pelo Ministério da Saúde, houve apenas dois casos em que os indivíduos foram curados, mostrando assim a alta taxa de letalidade da doença.
O relatório do Ministério da Saúde aponta que em 2021 foram registrados 10 casos em gatos e 12 em cachorros. Já em 2022, até maio houve a confirmação de dois casos em cães e quatro em gatos.
A raiva é transmitida pela saliva do animal por meio de mordedura, lambedura e arranhadura e acomete outras espécies de mamíferos.
Diante disso, a principal forma de prevenção é a vacinação, como ressalta Flávio Ferreira da Silva, diretor do CCZ.
“A melhor forma de prevenir essa doença é através da vacinação porque é uma doença letal. Se a pessoa contrair essa doença pode levar à morte em poucos dias. Após a manifestação dos sintomas para a cura a chance é de menos de 2%”, explica.
“Na semana passada chegamos a fazer mil vacinas por dia. Nesta semana, estamos fazendo entre 800 e 1.200 vacinações por dia de cães e gatos. Nossa campanha está sendo bem eficiente”, reitera o diretor do CCZ.
No ano passado, somando os números da campanha de vacinação com o número de pessoas que levaram seus animais ao CCZ para serem vacinados, foram 31.770 animais vacinados na zona urbana e 6.639, na zona rural.
“Aqui no CCZ, mesmo acabando a campanha, nós vamos ter vacinas disponíveis. Temos vacinas durante todo o ano, não apenas durante a campanha antirrábica. A melhor forma de prevenção contra essa enfermidade é através da vacinação”, finaliza o diretor.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio