Semed: Educação Especial leva trabalhos desenvolvidos em sala de aula para Praça São Félix de Valois
No entardecer de quinta-feira, 1º de dezembro, a Praça São Felix de Valois, foi palco de uma apresentação diferente. O Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (Semed) realizou a Exposição dos Recursos Pedagógicos utilizados pelos professores, profissionais de apoio e alunos da Educação Especial do município ao longo do ano.
Foram apresentadas exposições em estandes, com os materiais que são utilizados nas 36 salas de recursos especiais espalhadas pelas escolas do município ou nos centros e núcleos focados em alunos com necessidades especiais, como o Centro Especializado na Área da Surdez (CAES), Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP), Núcleo de Atendimento Especializado para Alunos do Espectro Autista (Naete). O pessoal do Projeto Marabá Paralímpico também participou da ação.
“Hoje estamos expondo os recursos adaptados que são elaborados nas escolas e nos centros e núcleos que coordenamos. Hoje temos oportunidade de mostrar para comunidade em geral os serviços que a Educação Especial disponibiliza atendendo a 1385 alunos com deficiência por toda Marabá”, comenta Taís Martins, coordenadora de Educação Especial da Semed.
Atualmente a cidade conta com 64 professores das salas de recursos das escolas, com enfoque na educação especial. O Diretor Geral de Ensino da Semed, Fábio Rogério, explica que a secretaria atua de forma a levar essa educação para a maior quantidade possível de alunos.
“Hoje há o atendimento especializado mesmo que a escola não tenha a sala. O evento de hoje é para mostrar um recorte do que esse grupo da Educação Especial produz, com jogos, atividades lúdicas que visam atender as crianças em suas várias deficiências e que são produzidos pelos profissionais da área para auxiliar as crianças”, explica.
Além disso, outros profissionais trabalham nos Centros e Núcleos. A coordenadora geral do Naete, Ângela Borges, conta que são mais de 400 alunos com espectro autista atendidos, mas que o serviço será ampliado em breve. “É uma exposição importante porque a população precisa saber que existe o serviço que é prestado pela Semed dentro das escolas, atendimento educacional especializado e os núcleos que agora também com atendimento a autistas. Um trabalho que é feito de uma forma especial, assim como o nome descreve”, comenta.
Entre os trabalhos desenvolvidos no núcleo e expostos na ação estão a psicomotricidade e musicoterapia. “Trouxemos o circuito de treinamento de psicomotricidade, que é efeito com educador físico, trouxemos musicoterapia que através dos instrumentos trabalhamos a parte sensorial e auditiva da criança. Tudo dentro da musicoterapia é feita de uma forma bem sistemática já que muitas crianças têm problema sensorial”, explica.
Emília Cunha Sampaio, 13 anos, que é atendida pelo CAP, aproveitou a ação e mostrou orgulhosa os trabalhos que desenvolve no Centro. “O atendimento no CAP é muito legal, aprendi muita coisa. O evento está muito bonito, muitas coisas legais para ver e escolas participando. Tenho um trabalho de uma mulher negra que eu decorei o cabelo dela com flores e to feliz de mostrar”, conta a estudante.
Sua mãe, Edenilza Cunha Neves, comenta que esse é o começo de um processo de inclusão que vem progredindo. “Minha vinda aqui é para apoiar essa questão da educação especial é também pela relação que temos com o CAP que atende ela desde 2015. É um local que faz ela se sentir bem, acolhedor. Isso tudo é um início, ainda está muito aquém, mas a sociedade juto com os pais e a escola tem que se unir para mudar esse cenário. A sociedade toda que tem que ter consciência, que é uma criança que amanhã será um jovem e uma pessoa autossuficiente e para isso precisamos desse apoio”, relata Edenilza.
Além das apresentações dos trabalhos realizadas nas salas de aula, o evento também contou com algumas apresentações culturais realizadas no palco da Praça São Félix.
Claudeany Bezerra prestigia a apresentação de sua filha Júlia Pereira, na peça de teatro produzida pelo CAES.
“Vim acompanhar minha filha que tem atendimento no CAES. Ela é deficiente auditiva, usa implante coclear, surda, mas que consegue escutar com tecnologia. O que queremos como mãe é que nossos filhos sejam incluídos na sociedade. Pude observar que vemos muito esforço dos professores na busca por incluir essas crianças para que aprendam da mesma forma que os outros, só que com outras metodologias. Temos muita luta pela frente, mas vemos que estrão batalhando”, compartilha.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes