Dia do Fonoaudiólogo: Indispensáveis na educação e saúde, profissionais auxiliam no desenvolvimento da comunicação
Neste dia 9 de dezembro é comemorado o Dia do Fonoaudiólogo, profissional responsável por cuidar, estudar e prevenir problemas relacionados à linguagem. Em Marabá são quatro profissionais atuam na Atenção Básica, além dos profissionais do Hospital Municipal de Marabá (HMM), três no Hospital Materno Infantil (HMI) e dois profissionais junto à Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Uma das maiores demandas dos profissionais atualmente diz respeito ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por isso, a Semed dispõe de um profissional que atua junto a uma equipe multiprofissional diretamente na triagem com as escolas. “Ele faz parte dessa equipe multi, dentro da área dele de atuação, verificando se realmente conduz a suspeita que a escola pontuou. Ele faz o diagnóstico e as intervenções dentro da área dele”, explica Thais Martins, coordenadora de Educação Especial da Semed.
Outro trabalho é realizado através do Centro de Apoio Especializado na Área da Surdez (CAES), fazendo acompanhamento dos alunos surdos, que usam tecnologias auditivas e estão matriculados nas escolas, estimulando a linguagem e treinamento auditivo para aprenderem a ouvir com os dispositivos.
O atendimento é feito pela fonoaudióloga Karini Souza da Costa, que atualmente faz o acompanhamento de 15 crianças e adolescentes regularmente. “Esses são os que acompanhamos fixo. Mas há avaliações sendo feitas nos alunos que não são fixos com investigações para ver se há algum comprometimento auditivo, se tem necessidade de outros atendimentos especializados”, comenta a fonoaudióloga.
Ela destaca a importância da profissão e a necessidade de atuar em parceria com os outros profissionais. “Os professores precisam trabalhar juntos. Não consigo me ver trabalhando sozinho. Preciso do apoiou da equipe do CAES, dos professores da sala de recurso, de língua portuguesa, matemática, dos professores surdos. Juntos, a gente busca o melhor atendimento para o aluno. Para que dentro de suas especificidades tenham um desenvolvimento adequado para conseguir alcançar os objetivos propostos”.
O Núcleo de Atendimento Educacional Especializado ao Aluno de Espectro Autista (NAETEA) também dispõe de fonoaudiólogo, atuando espeficicamente na área clínica dos atendidos pelo núcleo.
Saúde
Na área da saúde, três Unidades Básicas de Saúde (UBS) dispõe do serviço: Hiroshi Matsuda, Pedro Cavalcante e Enfermeira Zezinha e um no Centro de Especialidades Integradas (CEI). Além de profissionais no Hospital Municipal de Marabá e Hospital Materno Infantil. A Wanessa Elida Ponchio é uma das primeiras fonoaudiólogas do município e trabalha na UBS Enfermeira Zezinha, na Folha 23. Ela entrou no concurso de 2003 e conta que a procura pelo serviço tem aumentado. “É um serviço que dispõe de bastante atenção da população de Marabá e da região, como São João, São Domingos, e temos tido suporte dentro da área hospitalar e na área da atenção primária. O número de casos tem aumentado sobretudo pelo número de TEA”, ressalta.
Ela explica que o paciente tem acesso ao serviço através da regulação e que um atendimento que não tem burocracia. Quando o profissional o solicita automaticamente é agendado, não fica na espera. Fazemos a primeira avaliação e se for constatado a necessidade, ele é agendado por nós mesmo dentro da agenda da UBS para fazer o retorno e a fonoterapia”, comenta.
Quem necessita do serviço deve procurar o clínico geral nos postos de saúde, que é responsável pelo encaminhamento.
Ela aproveita a oportunidade para deixar uma mensagem para os colegas de profissão. “De todo meu coração, deixo a todos os fonoaudiólogos de Marabá, que são amigos e parceiros, um feliz dia do fonoaudiólogo, que consigamos a cada dia executar nossa função com excelência e que sejamos também amigos e cuidadores dos pacientes, dando carinho e apoio”, conclui.
O coordenador de Programas Especiais da Secretaria Municipal de Saúde, Felipe Araújo, destaca a importância dos profissionais e da busca de tratamento. “Profissionais importantíssimos, principalmente nesse momento de muita descoberta de pessoas com autismo. Às vezes, não consegue se identificar na escola, gerando um preconceito. Mas ressaltamos para que procurem os profissionais, via encaminhamento pela UBS, e parabenizamos todos os fonoaudiólogos pelo trabalho que fazem na rede, de atender a população e buscar dar qualidade de vida para as crianças e adolescentes, principalmente”, conclui.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes e Arquivo Secom