Seaspac: Servidores da Assistência e Proteção participam de Oficina de Libras
Os servidores que trabalham na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) finalizaram uma oficina com noções básicas da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A oficina durou quase duas semanas e encerrou ontem, 26, na sede do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD).
A oficina foi pensada com o intuito de facilitar a comunicação entre os servidores que trabalham da sede da Seaspac e a comunidade surda que se dirija à secretaria.
Idalina Santiago é tradutora e intérprete de Libras lotada na Seaspac, mas que atualmente está cedida para o CMDPD para intermediar a comunicação de um dos conselheiros, que é surdo. Foram 29 servidores que participaram da oficina.
“Eles aprenderam a datilologia, que é o alfabeto manual, números, pronomes, dias da semana e cumprimentos. Esse conteúdo, eu escolhi porque se por um acaso eles receberem um usuário surdo, eles já conseguem se comunicar, passar informação básica”, explica a instrutora.
A titular da Seaspac, Nadjalucia Oliveira, afirma que ações como essa são importantes para garantir a acessibilidade nos espaços públicos.
“Eu acho que é de fundamental importância para a sociedade como um todo. Abrir portas para que haja inclusão. Então, quanto mais se propagar, quanto mais nós soubermos e aprendermos a linguagem de sinais, mais inclusiva vai ser a sociedade”, observa a secretária.
O diretor técnico da Seaspac, Luiz Silva, participou da oficina e avalia que a formação chegou em um momento importante em que a secretaria compreende que há a necessidade em atender de maneira mais acessível o público com surdez.
“Esse público chega e temos que saber como encaminhá-lo; como a gente vai dialogar com esse usuário? A partir desse momento, dessa reflexão que a equipe fez, a gente viu essa necessidade. Nós iniciamos com a sede, fazendo esse processo de sensibilização e trazendo essa oficina, fazendo com que a gente aprenda o básico e posteriormente se aprimore. Porque a Libras é isso, é a prática”, ressalta o diretor.
A oficina finalizou com uma apresentação musical. Os servidores escolheram a canção Anunciação, de Alceu Valença, para interpretarem utilizando a Libras.
A ideia é levar a oficina para os servidores que trabalham nas recepções dos serviços ligados à Seaspac pela cidade, como os CRAS, por exemplo.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio