Seagri: Dia Mundial das Leguminosas é motivo de comemoração na agricultura familiar e na alimentação escolar
Para uma dieta saudável e de qualidade, com benefícios nutricionais que fazem diferença na vida de todos.
Desde 2018, o dia 10 de fevereiro é celebrado pela Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial das Leguminosas. Esse importante componente da dieta está presente todos os dias nas mesas dos brasileiros. Em Marabá, as leguminosas fazem parte do cardápio da merenda escolar e também de programa executado pela Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri).
Sabe a combinação preferida de grande parte dos brasileiros? Pois é, feijão e arroz formam uma dupla perfeita que todos os dias está presente nas mesas de milhões de casas e restaurantes pelo país. O feijão é uma leguminosa. A característica principal das leguminosas é que são sementes que crescem em vagens.
Como exemplo temos também: soja, lentilha, ervilha, amendoim, grão de bico e outras. As leguminosas são ricas em proteínas, fibras e minerais.
“São um tipo de alimento que é importante fazer parte da nossa alimentação por serem ricas em nutrientes. As leguminosas são ricas em vitaminas e minerais como fósforo e potássio; são ricas em algumas vitaminas do complexo B, que são importantes para o nosso sistema imunológico, além de ter muitas fibras na composição. É recomendado consumir leguminosas pelo menos três vezes na semana”, explica Ana Carolina Moraes, nutricionista que faz parte do quadro técnico da coordenação da merenda escolar de Marabá.
Na merenda escolar do município há a presença de dois tipos de leguminosas: feijão e soja. A equipe sempre coloca, pelo menos três vezes por semana, as leguminosas em diferentes preparos no cardápio das escolas.
“A gente tenta enriquecer de todas as formas a alimentação do aluno e que não falte esse nutriente para ele, que é super importante. A gente fala que a composição do arroz e do feijão é uma alimentação completa”, complementa a nutricionista.
Um dado importante, é que parte do feijão no prato dos estudantes da rede municipal de Marabá é proveniente da agricultura familiar do município, que é o feijão da colônia. Todos os anos, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) faz chamada pública para que, ao menos, 30% da alimentação seja da agricultura familiar.
“É extremamente importante que a gente valorize o fornecimento dos produtos que são advindos da agricultura familiar porque além de garantir que a gente possa levar os alimentos que são considerados totalmente saudáveis para compor o cardápio dos alunos, a gente também valoriza o trabalho dos produtores agropecuários da nossa região, em relação às plantações, em relação à segurança dos alimentos de forma orgânica. Então, é importante fazer essa ligação entre o fornecimento e a qualidade do que é ofertado para os alunos”, ressalta Gláucia Nogueira, coordenadora da merenda escolar de Marabá.
Outros produtos provenientes da agricultura familiar são: maxixe, batata doce, polpa de frutas, polpa de açaí e ovo caipira, por exemplo.
Na Seagri, há um programa específico voltado para o feijão. A equipe da secretaria realiza doação de sementes e mecanização agrícola para preparo do solo. Com a produção, os agricultores retornam uma pequena parte do que é colhido para que a Seagri tenha sementes para expandir o programa.
Só no ano passado, foram cerca de 50 famílias atendidas pelo programa, em diversos Projetos de Assentamento como PA’s Alegria, Palmeira Jussara, Belo Vale, Lajedo e Boa Esperança. Os principais locais de escoamento da produção da leguminosa na agricultura familiar são: feiras livres e consumo próprio.
O engenheiro agrônomo Marcos Vinicius Lira, responsável pelo programa, destaca a importância da iniciativa que existe desde 2020, fortalecendo a produção na região.
“É importante porque o feijão é a base da alimentação, da segurança alimentar das famílias. Todo dia a gente tem o feijão ali no prato, todo dia a gente consegue uma alimentação rica em nutrientes do acompanhamento com o feijão. Então, é importante principalmente para a segurança alimentar das famílias”, observa.
Além do feijão, outros produtos têm programas na secretaria como alface, por meio da hidroponia, fruticultura, milho, pepino, abóbora, batata doce, quiabo, jiló, tomate e pimenta de cheiro.
“A gente busca trabalhar em cima do que o produtor tem afinidade. A gente tenta fortalecer aquilo em que ele já é bom. No ano de 2023, a gente almeja crescer. A gente vem se estruturando. Esse ano queremos crescer ainda mais e atender a maior quantidade de produtores que a gente puder. Se o produtor tiver interesse, que procure a Seagri, procure o departamento”, explica Marisvaldo Passos, coordenador do Departamento de Horticultura da Seagri.
O agricultor interessado nos programas de leguminosas como feijão e outras verduras e hortaliças, deve estar ligado a uma cooperativa. A seguir, a equipe técnica da Seagri faz o levantamento e visita na propriedade para saber se o agricultor está apto.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio e Arquivo Secom