Semed: Desde 2016, escola em tempo integral é realidade na Folha 25
Marabá conta com uma escola de tempo integral na zona urbana. É a Mário Antônio Alves da Silva, na Folha 25, núcleo Nova Marabá, que funciona desde 2016. A experiência tem dado bons resultados no aprendizado de 167 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.
A escola surgiu a partir de normativas do Ministério da Educação, que foram colocadas em prática pelo Plano Municipal de Educação. Como a escola era recém-construída, optou-se por adequá-la ao modelo proposto.
Por ser de tempo integral, a unidade de ensino tem uma rotina diferenciada. Os alunos chegam às 7h30 da manhã e saem às 16h. No período da manhã, são realizadas as aulas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), referentes às disciplinas que compõem a grade.
No período da tarde acontece a diversificação de atividades com oficinas de dança, esportes como futebol, sala de leitura e informática.
“Em dois dias, nós atendemos o 1º e 2º anos e dois dias nós atendemos o 3º, 4º e 5º anos. Nos outros três dias, os nossos professores lotados trabalham projetos do governo federal, que é possível colocar em prática dentro da escola”, explica a diretora da escola, Kislane Rodrigues.
As oficinas são livres, ou seja, o aluno escolhe quais irá fazer a depender das afinidades com a atividade realizada. Ao longo do dia, os estudantes realizam três refeições: um lanche pela manhã, almoço e outro lanche à tarde.
Outra atividade importante são as aulas de reforço, realizadas no segundo turno, quando os professores percebem que o aluno precisa de uma orientação de estudos, como é nomeada.
Nas duas avaliações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que a escola já passou, houve um salto de 3.7 para 5.3, ficando entre a maiores notas do município.
“A maior importância é que a gente tentar fazer uma formação que vai além da educação formal. Porque eles ficam conosco e a gente trabalha assim a questão de respeito, convivência com o outro. A gente preza por uma formação total desse aluno”, reitera a diretora.
Entre outras atividades, envolvendo os estudantes, estão passeios a locais como o Parque Zoobotânico, Shopping e Cine Marrocos, por exemplo, com o intuito de apresentar esses espaços a eles.
Na sala de leitura, com cerca de 1.500 livros para os estudantes, uma das professoras do local é a Maria de Nazaré Russi, que trabalha na escola há cinco anos. Ela destaca a importância de um espaço como esse para incentivar as crianças a lerem em meio à diversidade de gêneros textuais, contação de histórias e mediação de leitura.
“Na parte da tarde, nós temos a Ilha do conhecimento, que são oficinas. Os meninos chegam na sala e ficam de 10 a 15 minutos com os livros. Depois disso, eles vão para blocos de montar, ilustrações das histórias lidas, quebra-cabeça de histórias, dominó com palavras. Eles vão fazer outras atividades relacionadas à leitura, mas que não seja diretamente com o livro na mão”, ressalta.
Para a professora Antonieta Ramos, responsável pelas atividades desportivas, o modelo de escola integral é imprescindível para o aprendizado das crianças.
“Eu vejo como um complemento. Que tem a parte didática mesmo, que eles têm dentro da proposta curricular da alfabetização, da continuidade das atividades em sala de aula e a parte da tarde que eles têm a oportunidade de desenvolver ainda mais as práticas desportivas, que trabalha a atividade corporal também, de ginástica”, explana.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes