Secult: No Dia Nacional do Livro Infantil, Expedição Literária da FCP realiza programação especial na Escola São Francisco

Nesta terça-feira, 18, é celebrado o Dia Nacional do Livro Infantil. Para comemorar a data, o projeto Expedição Literária da Fundação Cultural do Pará (FCP), que está em Marabá, organizou uma programação especial na Escola São Francisco, no bairro do Aeroporto. A iniciativa tem parceria com a Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

A programação consistiu em reunir estudantes e escritores marabaenses para um momento de interação, roda de conversa e compartilhamento de experiências.

A coordenadora da Biblioteca Municipal Orlando Lobo, Evilângela Lima, foi uma das escritoras que participou do momento especial com os estudantes.

“Nada melhor do que comemorar esse dia com as crianças, que são alunos, e com os escritores. A Escola São Francisco é dinâmica, já trabalha a questão da leitura, do livro e recepciona sempre os escritores de forma muito amistosa, muito carinhosa”, pontua a coordenadora.

Além dela, também participaram os escritores: Airton Souza, Adão Almeida, Vânia Andrade, Lara Borges e Francisca Cerqueira.

Lara Borges é escritora há 15 anos e levou aos estudantes um poema infantil de sua autoria. Para ela, é importante participar desse momento de incentivo à leitura. Ela explica como foi sua dinâmica com eles.

“Eu li o poema, perguntei para eles sobre o poema e o terceiro momento foi desenhar sobre o que eles acharam interessante do poema. Foi bem bacana porque cada um desenhou uma coisa e eles falam o que o desenho significa. Estou muito feliz por star nesse projeto, falar do meu trabalho e, principalmente, nas escolas poder multiplicar o incentivo do livro e da leitura”, explica a autora.

A pequena Heloise Santos, 7 anos, está no 2° ano do ensino fundamental e participou da turma da escritora Lara Borges. A estudante conta sua experiência no momento de interação.

“Eu achei um momento muito legal. Ela falou ela gente fazer um desenho do poema e falou que a gente podia desenhar um monte de coisa que criança podia fazer. Então, eu desenhei crianças tomando banho na chuva”, relata.

A escritora de ficção, Vânia Andrade, trabalhou com as crianças um texto literário de Clarice Lispector. Ela explica que a leitura ajuda as crianças a compreenderem um universo de possibilidades.

“Quando você vem pra sala e vê as diferenças, as peculiaridades, é uma escola na periferia. Pelo menos é o que eu sinto, a maior necessidade de interação com esses jovens para poder expandir esse mundo. O mundo é muito maior do que a nossa própria bolha social, que a escola, que Marabá. Então, eu acredito que esse momento faz com que essas crianças percebam isso, que o mundo é muito maior que a bolha social que elas vivem”, destaca.

A estudante Júlia Maria Mendes tem 11 anos e está no 6° ano do ensino fundamental. Ela participou do momento de interação com Evilângela Lima e compartilha sua experiência.

“Eu achei um momento maravilhoso. Foi muito bom para o desenvolvimento. A gente leu o livro “Estranho seria não me apaixonar por um abacate“. A gente fez algumas atividades. Foi muito legal. Eu amo ler. Gosto muito de livros, levo para ler em casa”, ressalta a estudante.

Ivaneide Carvalho trabalha há 27 anos na Escola São Francisco e atualmente é professora da sala de leitura. Ela conta que ter essa programação dentro do ambiente escolar é importante para os estudantes.

“É um momento muito interessante e bem gratificante para os nossos alunos poder receber os escritores marabaenses e estar com essa troca. É bem gratificante quando tem essa interação escritor e aluno, é maravilhoso. A escola fica muito agradecida por poder recebê-los. Nossos alunos não são alunos muito leitores, mas a cada ano que passa você percebe uma maior interação a respeito da procura, muitos alunos pedindo livro emprestado e depois a gente faz uma socialização dos livros que eles leem durante o ano”, comenta a professora.

A Expedição Literária contará ainda com Feira de Livros, Sarau, Cinema Itinerante, entrega de kits de livros e a Caravana Literária em escolas da rede municipal.

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio Santos