Festejo Junino: Diamante Negro trará mistura de carnaval, São João e meio ambiente
A contar pelos outros anos, o 36º Festejo Junino de Marabá promete apresentações incríveis. Isso só é possível por meio da dedicação das agremiações, como as Juninas. Uma delas é a Diamante Negro, por exemplo, que vai trazer ao público, este ano, uma temática baseada no filme Rio 1 e 2. Além disso, os 32 brincantes da Junina irão abordar sobre o tráfico de animais e transitar entre as duas maiores festas brasileiras, o carnaval e o próprio São João.
“Esse ano, o nosso enredo é bem atual, mas com o ritmo na pegada de São João, que é “entre o Carnaval e o São João, uma aventura em cores”. Nós resolvemos ousar um pouco mais para trazer um diferencial também. Afinal, nós sempre buscamos levar, a cada ano, algo inesperado para o público”, destaca o fundador e presidente da Junina, Wallison Tafarel Brito.
O pedagogo conta que a iniciativa em criar a junina partiu de dentro da ONG Futuro Melhor, na Folha 10, por meio de uma quadrilha de rua.
“Quando recebemos o convite para fazer parte da Liga Cultural, nós nos cadastramos e começamos a ensaiar o primeiro projeto para a competição, porém veio a pandemia e tivemos que paralisar. Ano passado retornamos e decidimos nos desvincular da ONG para sermos uma Junina independente, com um nome provisório de ‘Arrasta pé’ e, após o festejo, nós oficializamos como Junina ‘Diamante Negro’ e decidimos nos concentrar aqui no São Félix”, explica Wallison.
Hoje, além dos 16 pares, a Junina conta ten 10 integrantes do apoio. Os ensaios acontecem diariamente, na Praça de eventos do bairro Novo Progresso.
Para a autônoma Lucrécia Souza, 22 anos, ser Rainha da Junina já é uma sensação incrível, ainda mais de forma inédita para ela.
“Estou com frio na barriga imenso, porque é uma responsabilidade muito grande, mas estou muito feliz e estamos nos dedicando bastante. É uma sensação muito boa estar representando como Rainha, pela primeira vez. Fiquei muito grata pelo convite e estou aqui firme e forte e com fé iremos ganhar muitos títulos. O público pode esperar muita alegria e surpresas nossas, porque nosso enredo e nossas coreografias estão maravilhosas e organizadas”, garante Lucrécia.
A integrante afirma que uma agremiação junina promove socialização e aprendizado.
“Para nós, retirar vários jovens da rua para o mundo da dança, é muito bom. Ao invés de ficar na rua, estamos aqui com a mente ocupada na Junina e também aprendemos muita coisa, como o bordado, artesanato, pintura e a fazer a nossa própria veste”, complementa.
Outro destaque na “Diamante Negro”, este ano, é a representatividade feminina, pois pela primeira vez vai levar uma marcadora mulher para chamar mais ainda a atenção do público e jurados. Érica Ribeiro, 27 anos, já foi brincante ´por vários anos. Agora vai vivenciar novos desafios.
“Já dancei sendo puxadora de juninas e esse é o meu primeiro ano como marcadora. Para mim está sendo um desafio, porque não é fácil, não pode errar, mas é uma experiência muito boa e para mim está sendo uma honra. E também vou em busca de premiação como melhor marcadora, além da minha Junina também”, enfatiza a marcadora.
Texto: Sávio Calvo
Fotos: Sara Lopes