Cultura: Museu Municipal é mais uma atração do verão marabaense
Turistas visitam a cidade, aproveitam para conhecer o Museu Francisco Coelho e saber mais sobre os ciclos de formação do município de Marabá
Terezinha e Larissa Cecconello moram em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. E na terça-feira, 25, as duas aproveitaram para conhecer um pouco mais da história de Marabá. Ficam apenas alguns dias na cidade, mas não deixaram de passar no Museu Municipal Francisco Coelho para visitar mais de 10 salas e ver os mais 440 itens que ajudam a entender a formação da nossa cidade.
“Foi muito bonito, me admirei muito. Por muitos anos isso será uma lembrança linda de Marabá. Gostei de todas as salinhas, cada uma será uma lembrança para vida toda”, comenta Terezinha, de 80 anos. Essa é a segunda vez que ela vem a nossa cidade para visitar o filho Edieter Cecconello, professor na Unifesspa.
“A cidade cresceu muito. Fazia 10 anos que tinha vindo a primeira vez e achei que cresceu muito. Cidade que tem indício de coisas grandes. O próprio museu é algo que não tinha. A gente percebe que a cidade cresceu e que está se desenvolvendo, bem cuidada”, comenta a aposentada.
Seu filho, Edieter, conta que apesar de morador de Marabá, ainda não tinha tido a experiência de visitar o museu.
“Minha família veio me visitar por alguns dias e eu tive interesse em mostrar o museu, assim como o Parque Zoobotânico e outros pontos turísticos da cidade. Ficou dentro das minhas expectativas. Acho muito interessante passar por todas essas fases. Conhecer sobre a emancipação e o desenvolvimento de Marabá. Parabéns a direção do museu por conseguir aglutinar várias as fases da história de forma coesa”, comenta.
A educadora museal, Izanne Carvalho, ressalta que é perceptível o aumento da quantidade de turistas que passam no museu nessa época do ano, mas ressalta que as visitas de pessoas de outras cidades acontecem regularmente.
“O mês de julho sempre traz uma quantidade significativa de turistas, principalmente no período da tarde. Foram mais de 600 visitantes esse ano e grande parcela não são de Marabá. A gente conta com mais de 28 mil visitantes contabilizados e um feedback muito grande de turistas principalmente nessa época do ano. É uma realidade que sentimos, trabalhando com Cultura e Turismo”, destaca.
Ela conta que sempre é questionada se os visitantes são ou não da cidade e que rola um feedback diferente de acordo com o público. “Sempre perguntamos de onde são, se tem algum conhecimento de história e estabelecemos uma conexão. Perguntam dos locais para ir, comentam do clima, contam a história e experiência deles e nós tomamos mais cuidados em como contar a história da cidade a eles”, explica.
A professora Elza Costa Souza veio de Buriticupu, no Maranhão, e ficou maravilhada com o que conheceu.
“É a segunda vez que venho a Marabá e é primeira vez que venho ao museu. Me falaram que tinham criado esse museu e fiz questão de vir com meu filho. Visita muito produtiva, amei. Foi uma verdadeira aula de história, cultura e literatura. Gostei muito da sala de arte e cultura e a das lendas. Das salas lá de cima, porque são assuntos que já tenho uma afinidade”, conta.
A visita surpreendeu a pequena Aline Gabriela, 14 anos, moradora de Parauapebas. Acostumada a vir em Marabá nas férias, ela conta que não queria vir ao Museu.
“Achei que seria chato, mas gostei bastante. Gostei daquela sala que tem os bichos e a das lendas. Vou levar boas lembranças daqui do museu”, comenta a menina.
O secretário de Turismo de Marabá, Caetano Reis, destaca que o museu vem a somar na gama de atrações turísticas da cidade.
“Pessoal do museu e da Casa da Cultura fizeram um trabalho muito primoroso ao longo desses 3 anos. É um atrativo aos turistas, próximo à orla que fica aqui do lado. Então engloba essa parte turística da cidade. Isso aqui mostra a riqueza e história e contexto da nossa cidade e da região”, ressalta.
Ele destaca que Marabá torna-se cada vez mais uma atração turística que vai além do turismo de negócios, já forte na cidade. “Segundo estudo recente, o aeroporto de Marabá é o que tem maior movimentação a nível proporcional de toda região norte do país. Ficamos surpresos. Estamos deixando de ser um turismo de negócio para ser também um turismo para conhecer nossa história e um turismo de lazer”, completa.
Durante as férias, o Museu Francisco Coelho funciona normalmente de terça a sexta das 9h às 17h e no fim de semana, das 9h às 13h. O Museu está localizado na Rua 5 de Abril, Marabá Pioneira.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes