Agosto Dourado: Crismu realiza Dia D da campanha sobre amamentação
Na manhã desta sexta-feira, 25, o Centro de Referência Integrado à Saúde da Mulher (Crismu) realizou o Dia D da Campanha Agosto Dourado, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que visa conscientizar as mães para a importância do aleitamento materno.
O momento contou com uma roda de conversa com a fonoaudióloga Débora Simões, do Hospital Materno Infantil (HMI), para explicar sobre mitos e verdades da amamentação para as grávidas e puérperas atendidas pela unidade. Atualmente são cerca de 40 grávidas e 10 puérperas cadastradas no Centro.
Keise Pinto, enfermeira do Crismu, explica como ocorreu a captação dessas mulheres.
“Hoje, buscamos principalmente aquelas grávidas de primeira viagem para fazer a orientação, aquelas que tiveram algum tipo de dificuldade na primeira ou segunda gestação e não conseguiram fazer a alimentação exclusiva pelos seis meses e aquelas que estão na fase de lactação. Fizemos a captação durante as consultas de pré-natal e depois elas retornam com esse bebê para atendimento e aí nessa fase a gente faz a orientação de alimentação e a gente já faz esse convite. Tem também a equipe dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que têm contato com todas as gestantes”, conta.
Keise explica que a palestra explica para as mães o que vai acontecer fase a fase. “É para tentar fazer com que a criança fortaleça a parte de musculatura, que é para, após um ano, essa criança não ter problema de fala, de alimentação, então a gente já está fazendo essa parte preventiva”, esclarece.
O Agosto Dourado traz o fortalecimento da importância do aleitamento materno e pretende desmitificar mitos, segundo Maiana Stringari, coordenadora de Nutrição e Saúde da Criança e Adolescente da SMS.
“Às vezes, as pessoas têm uma impressão ruim, que a gente quer impor. O aleitamento materno não é imposto, mas a gente quer trazer informação e desmitificar muita coisa que antigamente era muito cultural e ainda hoje a gente tem impregnado. A gente sabe que muitas coisas, orientações que eram dadas antigamente, eram orientações incorretas. Então a gente quer trazer para essa mulher a informação correta, para que ela não corra o risco de perder essa fase, de perder esse momento. O aleitamento materno do seio da mãe é único e exclusivo. A gente não tem nenhuma fórmula que substitua isso, principalmente aquele primeiro leite que a gente chama de primeira vacina do bebê, que é um leite super rico em vitamina”, argumenta.
A coordenadora Maiana explica ainda que a intenção também é aproximar também a rede de apoio. “A gente sabe que a rede de apoio no processo gestacional e no processo de pós-parto, de puerpério, é muito incisivo. A opinião da avó, do esposo é muito importante. Então a gente quer fazer com que essas pessoas também tenham esse conhecimento, para que no momento em que a puérpera precise de uma pessoa que esteja ao lado, apoiando, as pessoas possam estar ali com o conhecimento também”.
Débora Fernandes, auxiliar administrativa, está grávida de 39 semanas do primeiro filho e afirma que aprendeu muito sobre amamentação.
“É bom porque para mim que sou mãe de primeira viagem, não sei muito, mas é muito bom. É importante que a gente fique aprendendo para ter experiência. Tinha muitos mitos, muitas coisas que a gente ouve, que o povo antigo fala, que é mito. É bom a gente aprender mais. Tem o mito sobre amaciar os seios que ela estava falando, que o povo antigo fala muito e ela está explicando que não precisa fazer isso, que é automático, a gente consegue”, garante.
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Secom