Defesa Civil: Capacitação em Medicina de Desastres para órgãos que atuam na área
Representantes do Corpo de Bombeiros, Exército, Defesa Civil, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) participaram do evento
A Defesa Civil de Marabá promoveu nesta quarta, 30, Capacitação em Gestão de Abrigos e Logística Humanitária direcionada para representantes do Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, Defesa Civil, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac).
A Capacitação em Medicina de Desastres aconteceu na quarta e quinta, 30 e 31 de agosto, com os principais órgãos que já atuam na fase de preparação e resposta a desastres. Essas capacitações servirão para formulação do plano de contingência do município e o objetivo é preparar gestores e operadores municipais a efetuarem o planejamento, a ativação e desativação de abrigos emergenciais, incluindo rotinas e cuidados psicossociais, saúde e poluição sonora, bem como para a previsão e provisão de suprimentos mínimos à subsistência das populações afetadas e às operações de resposta.
O evento contou com a participação de cerca de 20 representantes de diversos órgãos como Defesa Civil, Samu, Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso, entre outros. O palestrante foi o médico emergencista e diretor do grupo de resgate do corpo de bombeiros de São Paulo, Jorge Ribera, que já trabalha com esses atendimentos há 30 anos. Ele ministrou sobre o atendimento a vítimas de desastres em diversos tipos de ambientes.
“O objetivo desse curso é expandir o conhecimento a respeito da resposta a desastres tanto no ambiente pré-hospitalar, ou seja, no ambiente de rua, junto aos órgãos dos bombeiros, da defesa civil, como nos hospitais. A gente tenta desenvolver com eles uma metodologia ou estimulá-los a montar protocolos que diante de um desastre, eles evacuem áreas e possam receber as novas vítimas numa quantidade volumosa em um pequeno espaço de tempo”, explica Jorge Ribera.
Jorge reforça ainda que são situações que fogem do cotidiano e todo mundo é pego de surpresa. Essas capacitações são uma forma de prevenir e gerenciar de uma melhor maneira uma situação agônica e aguda. “Em São Paulo, a gente tem várias. Você nunca se acostuma, porque são eventos, mas a gente já tem uma dinâmica distinta porque já está mais habituado, então a gente já sabe como começam as coisas e o que a gente tem que fazer. A prevenção vem sempre em primeiro lugar. Mas quando acontece, você já sabe o que você tem que fazer para ajustar o teu ambiente, o seu meio de trabalho, para ter um melhor resultado”.
O técnico em enfermagem e socorrista do Samu, Joab Silva, ressalta que esse curso vem trazer melhoria para o serviço de atendimento a incidentes com múltiplas vítimas.
“É bom para saber fazer uma rápida avaliação, segurança de cena, evacuação de vítimas e um atendimento de qualidade nessas situações de desastre. Quando algo do tipo acontece, juntamente com as forças auxiliares, nós conseguimos montar uma cena segura de desastre, fazer o start, que é a triagem de vítimas, e fazer a destinação para os hospitais com os recursos que temos disponíveis no município”, elucida.
A enfermeira Cínthia Cardela, coordenadora do núcleo interno de regulação e do acolhimento do Hospital Regional do Sul e Sudeste do Pará (HRSS), afirma que é um momento de verificação de erros e acertos em relação ao plano de contingência.
“A gente já aplica hoje na instituição. Nós temos um plano que foi colocado em prática ano passado, com o primeiro simulado. Um plano de contingência em relação ao recebimento de uma catástrofe com múltiplas vítimas, e é interessante que a gente consiga absorver onde é que a gente está acertando e onde a gente pode melhorar com as orientações desse especialista”, pontua.
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Paulo Sérgio