Semed: Atletas marabaenses trazem 27 medalhas das Paralimpíadas Escolares 2023
Atletas de Marabá foram destaque na 15ª edição das paralimpíadas escolares realizado em São Paulo, nos dias 27 de novembro a 2 de dezembro, e reuniu participantes dos 26 estados e Distrito Federal. Eles trouxeram 27 medalhas de ouro, prata e bronze.
Na terça-feira, 5, professores e atletas se reuniram na AABB na Nova Marabá para avaliar a participação nas competições. Na natação foram cinco atletas que conseguiram 10 medalhas. As demais foram resultados das competições de bocha e atletismo.
A atleta Elisa Vitória Lopes Lima, 13 anos, estudante da escola Josineide Tavares, era só alegria com as quatro medalhas conquistadas. “Comecei a nadar há 6 anos, só que eu comecei a competir somente no ano passado. Esse ano, eu estava com uma boa expectativa e tudo deu certo”, comentou Elisa Vitória.
A mesma alegria também estava no atleta Andrei Gabriel Vieira Lopes, 11 anos, que também trouxe 4 medalhas, sendo uma de ouro, duas de prata e uma de bronze. “Foi a minha primeira vez, achei muito legal. E espero ir na próxima vez também”, diz.
E as boas notícias para o esporte marabaense não param por aqui, pois a pequena Kauane Vitória, 11 anos, também foi destaque na paralimpíada, na modalidade bocha.
“Essa foi a primeira participação dela e ela não se intimidou, chegou e fez o que a gente já vinha treinando e saímos com um bom resultado”, avaliou John Hans Silva, professor e treinador de Kauane Vitória.
Na equipe estava Luis Fernando Pereira Moraes, 15 anos, o atleta participou de três provas de atletismo e bateu três recordes brasileiro: corrida de 75 metros e 250 metros e salto em distância. Luis Fernando ainda é o recordista sul americano.
“Tem que se preparar muito para uma competição nacional é preciso de um atleta bem preparado e muito treino e a estratégia é na raça mesmo, é só na força”, afirma o jovem atleta paralímpico.
No total, Marabá participou com 12 atletas. Os professores que acompanharam a delegação relataram os momentos de emoções junto aos nossos atletas.
“Marabá na verdade sempre se destaca quando se trata das paralimpíadas escolares. Esse ano batemos 4 recordes, sendo 1 no arremesso de peso do atleta Luan Lincon e 3 do Luís Fernando (75 metros, 250 metros e salto em distância) e o recorde no salto já era dele, inclusive sendo recordista das Américas, na última competição que ele participou em Brasília. Então, Marabá vem numa constante, sempre se destacando em todas as etapas, aqui os atletas não têm refresco, eles treinam pesado durante todo o ano para chegar a um objetivo maior”, comenta a professora de Educação Física Luíza Crisóstomo.
As Paralimpíadas Escolares de 2023 são uma realização do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial de Esporte, e tem por finalidade estimular a participação dos estudantes com deficiências físicas, visuais e intelectuais em atividades esportivas, promovendo ampla mobilização em torno do esporte.
O professor Arionaldo Borges é o fundador do grupo de atletas paralímpicos em Marabá, onde trabalha desde 2008 em várias modalidades. Ele já realiza projetos neste sentido há mais de 30 anos com pessoas com deficiência.
“Foi mais um ano de aprendizado e você tem que mudar sempre, porque senão eles não evoluem tecnicamente. Esse ano, a gente não tinha certeza que ia, o governador autorizou em cima da hora, faltando pouco tempo, e são muitos desafios, mas deu certo, no final deu certo, a galerinha correspondeu, todo mundo foi bem, botaram em prática aquilo que foi treinado e o resultado estão aí, são as medalhas”, comemora.
A primeira edição das Paralimpíadas Escolares foi em 2009. Este é o maior evento mundial para crianças com deficiência em idade escolar. Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Olimpíadas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100 metros e bicampeão paralímpico.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio / Divulgação