Educação: Alunos vivenciam sentimentos de realização e conquista na formatura do CEEJA
Novas etapas da vida escolar ou acadêmica são sempre momentos de grande satisfação e emoção, que estão sendo experimentados pelos 246 alunos que se formaram no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), na noite desta quinta-feira (8), em uma cerimônia realizada no plenário da Câmara dos Vereadores de Marabá.
A Dandara Calini Rosa, 34 anos, é um desses exemplos. Ela abandonou a escola quando criança e, após muitos anos, decidiu retomar os estudos graças ao filho que serviu como inspiração. Hoje, ela concluiu o ensino fundamental, mas a meta é se formar no curso de pedagogia e se especializar na área de educação especial.
“Um dos motivos de voltar a estudar é ele. Quero fazer um curso para ajudar crianças como ele. Se não conseguir pedagogia, penso em terapia ocupacional para ajudar quem não tem condição de ter uma terapia”, conta.
Ela revela ainda que apesar da alegria da conclusão, vai sentir saudades. “Professores são maravilhosos. Não tenho nada que reclamar nisso. Quando puder sempre vou lá visitar eles e ver como estão”, acrescenta.
A diretora do CEEJA, Katia Maria Pereira de Oliveira, explica que o Centro possui várias extensões ao longo de Marabá. São aceitos alunos a partir dos 15 anos que não concluíram o fundamental. As matrículas não fecham e o aluno pode procurar os locais em qualquer época do ano. Em Marabá, a escola de referência é a Tereza Donato de Araújo, no núcleo Cidade Nova.
“Funcionamos também em dez extensões, mais a sede. Temos aulas no Judith, no São Félix, no Walquise Viana, José Flávio, João Anastácio, Pedro Perez e Martinho Motta. É sempre com muita alegria e muita emoção que recebemos todos. Bom ver eles aqui e saber de tantas pessoas que já passaram por nós”, comenta.
Atualmente, o Ceeja atende 1.916 alunos. Um deles é o seu Beusemar Bento da Silva, 48 anos, que está concluindo o ensino fundamental, mas garante que continuará os estudos.
“A gente quando é jovem não pensa, casa. Agora me separei e quis voltar a estudar. Sentimento de alegria de concluir o fundamental, mas vou continuar e fazer o ensino médio. Agora não posso mais parar”, conta.
O CEEJA é um centro que oferta um ensino personalizado, que busca atender a necessidade dos estudantes que não podem ter aulas regulares e estão atrasados com a idade regular de ensino. “Eles não frequentam todos os dias. Eles veem média de dois a três dias na semana. Recebem o material gratuitamente pela escola, fornecido pela Semed [Secretaria Municipal de Educação], e estudam em casa. Na escola, eles têm a oportunidade do professor tirar possíveis dúvidas e, seguidamente, fazer a prova”, explica o diretor de ensino da Semed, Fábio Rogério, que parabeniza os alunos pela conquista.
“Esse evento aqui é um evento que, além de confraternizar, de reconhecer, certifica cada aluno que está em processo de conclusão, tanto o aluno do ensino fundamental, que é gerenciado pela Secretaria Municipal de Educação, como do ensino médio, que é gerenciado pela Secretaria de Estado de Educação. Parabenizamos todos eles por mais essa conquista”, conclui.
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Serviço
As matrículas para o CEEJA ocorrem durante todo o ano. Os documentos necessários são cópias do RG, CPF, Cartão SUS, Certidão Civil de Nascimento ou Casamento, Comprovante de Residência e Histórico Escolar ou Declaração de Conclusão do Ensino Fundamental I. Ressalta-se que é necessário ter mais de 15 anos de idade.
As matrículas podem ser feitas nos dois pontos da Escola Tereza Donato, um que fica atrás da Câmara Municipal, voltado ao ensino médio, gerido pelo Governo do Estado, e o outro que fica próximo à Justiça Federal, voltado ao ensino fundamental e gerido pelo município, bem como nas unidades de extensão do programa, nas Escolas Municipais João Anastácio de Queiroz (Folha 16), Darcy Ribeiro (Avenida Boa Esperança, Jardim Bom Planalto), Josineide Tavares (Rua Coronel Manoel Bandeira, Liberdade), Pedro Peres (Rua Pedro Carneiro, Morada Nova), Maria das Graças (Rua 13 de Maio, Bela Vista), José Flávio (Avenida Araguaia, Nossa Senhora Aparecida), Judith Gomes Leitão (Travessa Santa Teresinha, Marabá Pioneira), Martinho Mota da Silveira (Folha 27), São Félix (Rua Jarbas Passarinho, São Félix) e Walquise Viana (Avenida Espírito Santo, São Félix).
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes