EDUCAÇÃO: SEMED COMEÇA A DISCUTIR A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
Nesta sexta-feira, 13 , a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) começou a discussão para implementar na rede a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento, que vem sendo discutido desde 2015 por especialistas, foi homologado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e aprovado pelo Congresso Nacional.
A BNCC deverá orientar os currículos dessas etapas e estabelecer as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo da educação básica em cada uma das áreas. A partir dela, os estados e municípios devem elaborar seus currículos, que serão implementados nas escolas.
O diretor de Ensino Urbano da SEMED, Fábio Rogério Rodrigues Gomes, explica que a SEMED reconhece a necessidade de iniciar logo a discussão sobre a nova Base Curricular Nacional, que é também uma exigência nacional. “Ela foi aprovada no final do ano passado e temos até o final de 2019 para implementá-la na rede municipal. Isso significa que a Secretaria de Educação precisa elaborar um currículo para a rede municipal de ensino, que atenda da educação infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental”.
E para essa produção, a SEMED quer contar com a equipe técnica, professores, gestores escolares e coordenadores pedagógicos. “Estamos dando o pontapé inicial para nos instrumentalizar com estudos. Posteriormente, levaremos essa discussão para toda a rede. O próximo passo será organizar o “Dia D” da Base Curricular, que vai acontecer nas escolas. Em seguida, serão realizados seminários e formações até chegarmos à consolidação e um currículo para o município de Marabá, que deverá estar alinhado à Base Curricular Nacional”, explica Fábio Rogério.
O primeiro diálogo sobre a temática contou com a participação da experiente pedagoga e fonoaudióloga Nathália Soares, membro da assessoria pedagógica do Grupo “Somos Educação”.
No Plenarinho da Câmara Municipal, Nathália conversou com os gestores da Semed exatamente sobre os passos que deverão ser dados para implementação da nova Base Nacional Comum Curricular, que terá dois anos para estar pronta e ser levada à sala de aula. “Iniciamos avaliando o processo histórico das discussões sobre esse tema, os pontos de divergência e mostrar que não é um documento que vem suprimir o que já está posto, como a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), nem outros documentos que a educação possui, como PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) e DCN’s (Diretrizes Curriculares Nacionais)”, ressalta.
Nathália observa que a BNCC envolve a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio e todas as esferas: escolas públicas municipais, estaduais, particulares e federais, indígenas e quilombolas.
Segundo ela, implementar a nova Base Curricular representa um passo importante para o País e todos os educadores devem se apropriar dela para que o processo ensino aprendizagem tenha êxito. “Cada um de nós carrega uma pergunta: que cidadãos e indivíduos eu quero formar e deixar para a sociedade marabaense? O principal objetivo da Base é a equidade na educação, ou seja, assegurar que o aluno do Norte do País – caso mude para outra região – tenha garantidos e estabelecidos os conteúdos essenciais para sua vida, independente de onde estiver”, esclarece.