DIVISA: VIGILÂNCIA SANITÁRIA REALIZA CICLO DE PALESTRAS PARA REGULARIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS

Nesta segunda-feira (23), o Departamento de Vigilância Sanitária de Marabá, (Divisa) iniciou um ciclo de palestras no auditório do Sesc, núcleo Cidade Nova, com comerciantes de estabelecimentos de diversos segmentos. O objetivo é regularizar os serviços a fim de garantir a saúde da população.

Dentre os segmentos estão açougues, supermercados, clínicas de estéticas, salões de beleza, profissionais que trabalham com bronzeamento natural, colocação de piercing, tatuagem, empresas que trabalham com dedetização e desratização, além de limpeza de ar-condicionado. Todos os dias haverá palestras para públicos diferentes até a próxima sexta-feira, (27).

O primeiro dia de palestras foi voltado para os açougueiros, já nesta terça-feira (24) será a vez dos supermercados que também comercializam carnes. De acordo com Daniel Soares, coordenador da Divisa, o momento é de orientação. “Nós vamos tratar sobre as normativas exigidas para o funcionamento e os prazos de adequação que eles terão para se regularizar”, explica o coordenador.

Uma das recomendações da Divisa aos açougues é a proibição de produção da conhecida “linguiça de açougue”. Os açougues terão um prazo de 180 dias para se adequar as exigências e voltar a produzir o produto, o que só será permitido caso tenham uma autorização de Serviço de Inspeção Municipal (SIM), mediante a instalação de um ambiente adequado, além da contratação de um técnico responsável pelo manuseio, como por exemplo, tecnólogo de alimentos ou farmacêutico bioquímico.

Outras duas proibições são voltadas ao descongelamento de frango e o fracionamento de frios em açougues, como é o caso de queijo e presunto, normalmente fatiados neste ambiente. Foram lembrados ainda, que é proibido moer carne com antecedência e expor carne ao sol sem proteção adequada, bem como o uso de sal de cura, por ser cancerígeno. O médico veterinário Orlando Roger Lobo, disse que a maioria dos açougueiros já conhecem as normas, mas a Divisa está reforçando as orientações para que todos possam ter um tempo para se adequar.

“Outra situação é relativa à superfície onde eles trabalham, as mesas. A legislação diz que deve ser transparente, de fácil lavagem, muito fácil assepsia.  O ideal é que seja inox, mas nada impede que seja de mármore ou outro tipo de pedra lisa”, explicou o médico.

Antônio Neto, esteve na reunião representando o pai que tem uma casa de carnes, na avenida Paraíso, no bairro Liberdade. Para ele a ação é importante para manter a qualidade do produto e a saúde do consumidor.

“Por vários anos vimos carne sendo comercializada de forma inadequada em nosso município e muitas vezes o consumidor final acaba sendo prejudicado e adquirindo doenças por falta de cuidados mínimos com esse alimento, então é um trabalho muito bom”, ressaltou o jovem.

Já dona Ana Lícia Dourado, trabalha há 20 anos no ramo e acredita que terá dificuldades em cumprir com todas as exigências, mas reconhece que a ação da Divisa é correta.

“É bom, mas tem muitas normas que vai dificultar, como a produção de linguiça, ar-condicionado em açougue, mas vamos ver no que vai dar, porque meu açougue é pequeninho”, enfatizou a comerciante.

Ao todo, 87 comerciantes do ramo foram convidados a participar, mas apenas 40 compareceram ao local.

Os próximos segmentos com palestras agendadas são as funerárias, Salões de beleza, estúdios de tatuagem, piercing e maquiagem definitiva, na terça-feira às 8h30.

Às 14h30 será Hipermercados, supermercados e minimercados; Na quarta-feira, às 09h será o comércio atacadista e varejista de cosméticos, produtos para a saúde, higiene e substâncias inalantes e controle de pragas. Na quinta-feira, às 09h são Empresas de refrigeração. E às 14h será a vez das academias de ginásticas.