CASA DA CULTURA: GRUPO DE ARQUEOLOGIA DA FUNDAÇÃO INICIA PESQUISA DE CAMPO.
No último dia 23 de maio de 2018 os pesquisadores do recém-criado Grupo de Pesquisa Arqueologia, Meio Ambiente e Sociedade (GPAM) no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), apoiados pela Presidente Vanda Américo da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), realizaram atividades de campo na caverna Serra das Andorinhas, no Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas (PESAM), no município de São Geraldo do Araguaia. Participaram do trabalho o geólogo Pablo Santos, a etnóloga Mirtes Manaças e a zoóloga Bethânia Furtado e apoio de campo Welki de Almeida, acompanhados por Naldo, guia de campo do PESAM. A atividade diz respeito à primeira etapa de campo do grupo de pesquisa, bem como avaliação logística para a excursão de campo a ser realizada no dia 09 de junho de 2018, em alusão à Semana de Geologia da UNIFESSPA, com o apoio dos pesquisadores do grupo Arqueologia, Meio Ambiente e Sociedade da FCCM.
Antes do campo, os pesquisadores da FCCM realizaram visita à sede do Ideflor-bio em São Geraldo do Araguaia, onde foram recebidos por Evandra Vilacoert, gerente da Região Administrativa do Araguaia, que juntamente com o biólogo Maricélio Guimarães cuidaram de todos os trâmites legais para a realização do campo.
Durante o campo, foram discutidos assuntos relacionados à caracterização geológica da rocha encaixante onde está alojada a cavidade, que segundo o geólogo trata-se de quartzo-arenitos e granada-muscovita xistos da Formação Morro do Campo, unidade geológica da Faixa Araguaia. Além disso, discutiu-se sobre a beleza dos biomas reconhecidos na Serra das Andorinhas, que envolve vegetação típica amazônica e cerrado.
Nas breves observações sobre a fauna, a zoóloga registrou a presença de três aracnídeos dos grupos amblipígio da família Phrynidae, opilião da família Cosmetidae e uma aranha da família Araneidae e um exemplar pertencente à ordem Diplopoda, um Spirostreptideo da família Pseudonannolenidae. O registro dos morcegos permitiu a identificação de exemplares gêneros Carollia sp., Glossophaga sp., e Pteronotus personatus.
A etnóloga levantou questões sobre o impacto gerado àquela região a partir da implantação de grandes projetos, a exemplo do Programa Grande Carajás. Além disso, teceu comentários sobre os grupos indígenas que outrora habitaram a região, ligados direta e indiretamente às águas do rio Araguaia.
Para o líder do Grupo o Arqueólogo Marlon Prado, a expectativa futura do grupo Arqueologia, Meio Ambiente e Sociedade da FCCM é integrar novos membros, contando com a participação de pesquisadores das diversas áreas do conhecimento a fim de dar seguimento as atividades multidisciplinares a que se propõe o grupo de pesquisa.