SAÚDE: AGENTES DE ENDEMIAS FAZEM TREINAMENTO DE ARBOVIROSES
O treinamento é referente às arboviroses, doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela.
Diante do trabalho permanente da Vigilância em Saúde no combate à leishmaniose visceral, a doença está em queda, tanto em animais quanto em humanos. Depois de promover a “Semana Nacional de Combate a Leishmaniose”, no período de 05 a 10 de agosto, os servidores da Coordenação de Endemias participam, neste período, de um treinamento referente a diversos agravos (leishmaniose, dengue, zika, febre amarela, malária, e chikungunya), devendo retomar o trabalho de campo na próxima semana.
O combate à leishmaniose acontece em duas frentes: por um lado, a Coordenação de Endemias cuida do controle do mosquito, com blitze, arrastão casa a casa pelos bairros e orientação à população; noutra ponta, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) trabalha a saúde animal, fazendo testes rápidos e distribuindo repelente.
Segundo Amadeu Moreira, coordenador de Endemias e Vigilância Ambiental, além das visitas domiciliares, às sextas-feiras, acontece o programa “Mais Saúde Marabá” nos bairros de maior prevalência do mosquito transmissor da leishmaniose. Em parceria com a Unifesspa, foi montada uma equipe de educação continuada voltada à rede de ensino público, para promover orientação em todas as salas de escolas visitadas. Cerca de 12 estabelecimentos foram visitados até este mês.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, enfermeira Fernanda Miranda, no período de janeiro/2015 a junho/2018 há confirmação de 227 ocorrências de leishmaniose visceral humana em Marabá, com o pico em 2016, quando 90 indivíduos foram acometidos pela doença; 86 pessoas contraíram leishmaniose em 2017 e, apenas 11 marabaenses diagnosticados este ano.
Saúde animal
Cerca de 50 cães e gatos são atendidos diariamente no CCZ; destes, daqueles que são submetidos ao teste rápido, aproximadamente 60% são positivados para leishmaniose. Vale ressaltar, que a exceção daqueles apreendidos pela carrocinha, cerca 40 animais por semana, a maioria é levada já com suspeita de alguma doença.
Além dos animais levados pelos donos ou aqueles errantes colhidos pela carrocinha, existem aqueles atendidos em domicílio em consequência de denúncia ou chamado; e ainda, os envolvidos em “inquérito canino”, quando houve caso de leishmaniose visceral em determinada região. “Esta semana, acontece inquérito canino em Morada Nova”, lembra Nagilvan Amoury, gerente do CCZ, observando que mais de mil animais já foram atendidos só naquele distrito.
Relatório do CCZ referente ao primeiro quadrimestre/2018 aponta eutanásia de 796 cães e 206 gatos. Cerca de 80% desses animais são eutanasiados em consequência da leishmaniose, sendo os demais por outras doenças (cinomose, parvovirose, sofrimento severo em devido à idade). Mesmo diante desse quadro, Nagilvan afirma uma redução de 15% das eutanásias, causadas por leishmaniose, em relação ao último quadrimestre de 2017.