EDUCAÇÃO: SEMED REÚNE 800 PROFESSORES PARA AMPLIAR DISCUSSÃO DA BNCC
Seminário de Alinhamento Pedagógico iniciou nesta terça e prossegue até quinta-feira no Carajás Centro de Convenções
Iniciou nesta terça-feira, dia 16, e prossegue até quinta-feira, 18, o Seminário de Alinhamento Pedagógico da Rede à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O amplo debate está sendo conduzido pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), no Carajás Centro de Convenções, envolvendo 800 educadores ligados ao Ensino Fundamental I e equipe técnico-pedagógica da própria Secretaria de Educação. A discussão do tema já havia ocorrido com diretores e coordenadores pedagógicos das escolas.
O seminário conta com três palestrantes convidados: João Paulo Cepa, consultor pedagógico da Fundação Lemann; Rosineide de Sousa Jucá, docente e pesquisadora da UEPA (Universidade do Estado do Pará) e do CEFOR (Centro de Formação de Professores do Estado do Pará); e Ana Lúcia da Silva Brito, professora da SEDUC e do CEFOR.
Também participaram da abertura do evento o secretário municipal de Educação, Luciano Lopes Dias; o diretor de Ensino Urbano da SEMED, Fábio Rogério Gomes; a diretora de Ensino do Campo, Lorena Bogéa da Silva; Hildecy Ferreira de Araújo, presidente do Conselho Municpal de Educação; e Dorivan de Souza Soares, diretora da Escola Municpal Ida Valmont, aferida com a maior nota do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação), divulgada pelo Ministério da Educação no segundo semestre de 2018.
Luciano Dias, ao usar a palavra na cerimônia de abertura do evento, elogiou os educadores por se engajarem na discussão e elaboração da Base Curricular para a rede municipal. Ele destacou o compromisso que a equipe técnica da SEMED está tendo em aprimorar as ferramentas pedagógicas para que a qualidade do ensino de todas as escolas municipais seja fortalecida. “Precisamos empoderar todas as pessoas que estão envolvidas neste processo para que tenhamos o conhecimento necessário para elaboração de um documento que contemple nossas necessidades pedagógicas”, disse ele, prevendo que dentro de alguns anos a educação de Marabá será uma referência nacional. “Precisamos nos perguntar que princípios queremos oferecer a nossos estudantes. Cada um dos educadores terá uma resposta a partir do projeto educacional que pratica e aquilo que virar consenso vamos adotar como padrão para a rede. Esse trabalho precisa ter começo, meio e fim”, ressaltou Luciano Dias.
Ele também apresentou a necessidade de que a BNCC ajude a resolver um dos graves problemas da rede municipal, que é o letramento dos alunos na idade certa. Para isso, a SEMED está fazendo uma avaliação de cada nível de ensino para ajudar as escolas de acordo com as necessidades de seus estudantes.
O diretor de Ensino Urbano da SEMED, Fábio Rogério Rodrigues Gomes, explica que a Secretaria de Educação percebeu a grande necessidade de iniciar logo a discussão sobre a nova Base Curricular, que é também uma exigência nacional.
Fábio Rogério lembra que a BNCC foi aprovada no final do ano passado e todos os municípios têm até o final de 2019 para implementá-la. “Isso significa que a Secretaria de Educação precisa elaborar um currículo para a rede municipal de ensino, que atenda da educação infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental”, destaca.
João Paulo Cepa, da Fundação Lemann, disse que o seminário promovido pela SEMED em Marabá é extremamente necessário para revisão e construção de currículos a partir da BNCC, considerada, atualmente, a principal política pública de garantia de direitos de aprendizagem para todos os estudantes do Brasil. “Depois de elaborado esse documento, a Secretaria de Educação terá definido, com clareza, o que os alunos precisam aprender em sala de aula. É a partir daqui que os professores poderão escolher as melhores metodologias de ensino e os melhores recursos para que as aulas sejam mais atrativas e tenham o resultado esperado dentro da escola”.
Hildecy Ferreira disse que vê a BNCC como desafio na reformulação dos currículos para municípios, de forma que garanta aos alunos competências e habilidades necessárias para aprendizagens essenciais. “Precisamos que nossos estudantes alcancem desenvolvimento pleno no exercício da cidadania e tenham garantida a qualificação para o trabalho, já que a própria LDB, em 1996, apontava para isso”, disse Hildecy.