EDUCAÇÃO: ESCOLA IRMÃ THEODORA ATRAI PARCEIROS PARA OFERECER OFICINAS DE ARTE
Aulas de grafite com Bino Souza incentivam os estudantes a preservarem o patrimônio público
Estudantes da Escola Municipal Irmã Theodora, no Bairro Liberdade, estão motivados com as recentes parcerias que a direção implementou para oferecer atividades extracurriculares para eles.
Uma das primeiras parcerias, iniciada em 2017, foi com o projeto Rios de Encontro, denominada de Conexões Afro. Ela objetiva promover a consciência e a aceitação da raça negra, em um trabalho em parceria com a sala de leitura da Escola Irmã Theodora. Neste semestre, nos meses de outubro e novembro, a escola oferece para 23 alunos oficinas de danças com o tema: “Criação da Apresentação: conhecendo a África pela dança e percussão,” com a colaboração do coletivo Afro Raiz, um microprojeto do Rios de Encontro, que tem a gestão do experiente Dan Baron.
Mais recentemente, a escola formalizou uma nova parceria, desta vez com o artista plástico Bino Souza, com uma oficina de grafite. Os trabalhos envolvem 27 estudantes, os quais estão entusiasmados com a possibilidade de desenvolver seus talentos.
Segundo a diretora da Escola Irmã Theodora, Lígia Amaral, as duas atividades extracurriculares são realizadas uma vez por semana, durante três horas. “Os materiais e as oficinas são adquiridos com recursos do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) Qualidade Mais Cultura, que a escola recebeu no ano de 2014”, explica a gestora.
A escola Irmã Theodora, segundo a diretora, conta atualmente com 544 alunos e um grupo de 26 educadores. A parceria da escola com o projeto Rios de Encontro foi estabelecida com o objetivo de afirmar e enraizar as histórias afro-brasileiras presentes na identidade dos alunos e alunas, com oficina que veio fortalecer o Projeto Conexão Afro, que foi criado para trabalhar a autoestima e a aceitação do aluno enquanto pessoa negra.
Este projeto é desenvolvido pela professora Doelde Nascimento, da disciplina de Estudos Amazônicos, em parceria com as colegas Maria Rosivan Soares, de Artes, e Ivonete de Souza, da sala de leitura. “É perceptível que já houve essa conscientização na escola, principalmente na elevação da autoestima dos nossos alunos. Já parceria com o artista Bino Sousa, da Galeria Vitória Barros, veio da necessidade de conscientizar os alunos quanto à preservação do patrimônio público. Todos percebemos que houve uma mudança de comportamento. Nossa perspectiva é que as oficinas se multipliquem e alcancem a todos. Vejo que estamos promovendo uma escola colaborativa e protagonista, com foco na aprendizagem e no bem estar de nossos alunos e comunidade em geral”, celebra Lígia Amaral.