EDUCAÇÃO: SEMED E VALE BUSCAM PARCEIROS PARA FORTALECER A ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA
EFA precisa de apoio externo para projetos de produção de alimentos para consumo interno
Na tarde da última sexta-feira, dia 9, a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e a mineradora Vale reuniram empresários e representantes de instituições públicas e privadas de Marabá para apresentar o projeto de fortalecimento das ações da EFA (Escola Família Agrícola), que funciona em regime de tempo integral e alcança dezenas de famílias de sete municípios da região.
Entre os presentes, o secretário municipal de Educação, Luciano Dias; Lorena Bogea, diretora de Ensino do Campo da SEMED; o presidente da Câmara Municipal de Marabá, Pedro Corrêa Lima; o diretor administrativo do Shopping Pátio Marabá, Mauri Dias; Saulo Lobo e Renata Veloso, que desenvolvem o programa de relações institucionais da Vale na região; e servidores da própria EFA.
O secretário Luciano Dias explicou aos presentes sobre o formato da EFA, funcionando com a chamada Pedagogia da Alternância, que permite que os alunos estudem em tempo integral durante 15 dias na escola e passem outros 15 dias com seus familiares, nas propriedades rurais, aplicando o aprendizado. Relatou como a gestão atual tem resgatado o prestígio da comunidade e de fornecedores em todas as áreas, após um período de turbulência na PMM.
Ele também mostrou como a SEMED gerencia cerca de 200 escolas nas zonas urbana e rural e a grande carência de investimentos que há na Escola Família Agrícola, necessitando de parceiros externos, como é a proposta do formato da própria EFA.
Luciano Dias também explicou aos presentes que, atualmente, a escola atende a 80 alunos de sete municípios do sudeste paraense: Marabá, Itupiranga, Novo Repartimento, Bom Jesus do Tocantins, Eldorado dos Carajás, São João do Araguaia e Parauapebas, mas que a principal mantenedora é a SEMED de Marabá, responsável pela locação da área, folha de pagamento dos servidores e fornece também parte da alimentação utilizada pelos alunos e educadores. A dinâmica de funcionamento da Escola Família Agrícola requer cinco refeições diárias: desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar.
“A Vale aceitou ser parceira, mas ela não poderá entrar sozinha nessa empreitada e estamos desafiando vocês para abraçarem essa causa, adotando projetos internos de produção de alimentos”, explicou o secretário de Educação.
O vereador Pedro Corrêa elogiou a manutenção da EFA, que tem desempenhado um trabalho brilhante na formação de jovens do campo. Disse que, como presidente da Câmara Municipal de Marabá, vai sensibilizar os colegas vereadores a destinarem parte de suas emendas impositivas para o custeio de projetos de que a Escola Família Agrícola precisa. “Já visitei essa escola e fiquei encantado com o trabalho que é desenvolvido ali, com a teoria sendo ensinada junto com a prática”, observou.
Renata Veloso apresentou os projetos produtivos que estão carentes de apoio na EFA e os valores de cada um, para que os parceiros possam ajudar: Aviário, Pocilga, Piscicultura, Pecuária, Viveiro, Roça e Horta medicinal.
Por falta de recursos suficientes, estas unidades produtivas não estão funcionando com todo o seu potencial produtivo e educativo. Para a criação de animais, por exemplo, não é necessária somente a aquisição dos mesmos, mas também incluir o consumo da ração, que é a parte que gera mais despesas. “O objetivo da escola é desenvolver a produção de alimentos para atender o consumo interno. Caso haja produção em escala, o excedente será comercializado nas feiras livres do município”, explicou Lorena Bogea, entusiasmada com a possibilidade de parceira com empresas e entidades.
Empresários e gestores de entidades privadas presentes também se mostraram entusiasmados com a iniciativa e vão avaliar, junto com seus diretores, de que forma poderão contribuir com a EFA.