ASSISTÊNCIA SOCIAL: MAIS DE 200 PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA JÁ PASSARAM PELO POP
O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Pop), localizado na Folha 29, é um espaço de acolhimento provisório, mantido pela Prefeitura de Marabá, para atender pessoas em situação de rua ou em trânsito no município, e ainda acolhidos em perfil de vulnerabilidade, e que não têm local fixo na cidade para se abrigar, tampouco condições para custear despesas. Desde que iniciou o funcionamento em 2017, em média 220 pessoas receberam atendimento no Pop.
A partir de articulações da rede de serviço da Seaspac (Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários) o atendimento realizado pelo Pop é coordenado pela Secretaria e garante os direitos básicos de cidadão, daquelas pessoas que não possuem um teto. Segundo a assistente social Patrícia Maria Soares da Silva Brito, coordenadora do Pop, atualmente o espaço que tem capacidade para acolher até dez pessoas, está abrigando quatro usuários, sendo dois homens e duas mulheres. Acresça-se a essa demanda ainda aqueles que estão em trânsito na cidade, que ficam por um ou dois dias, e não tem condição de pagar uma pensão, são em torno de cinco pessoas por semana nessa situação.
“Fazendo uma avaliação desde sua implantação em março de 2017, cerca de 80% dos casos que passaram por nós tiveram outra vida, e agora estão melhores. Pessoas foram inseridas no mercado de trabalho e outras voltaram para suas famílias”, Patrícia Maria (Assistente Social)
A coordenadora do Pop explica que o perfil para atendimento no espaço são pessoas de 18 a 59 anos. “Elas passam por entrevistas feitas por um profissional do serviço social. De acordo com as demandas que possuem são encaminhadas aos Postos de Saúde, CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), ou ainda a equipe da Seaspac entra em contato com a família, a fim de garantir a passagem de volta para a terra natal. Se a família não tiver condições de arcar com a despesa, esta é custeada por meio de doação da prefeitura ou ainda com ajuda da comunidade”, detalha a assistente social.
Por ser um espaço provisório, os acolhidos podem ficar no local no máximo até seis meses. No Pop os usuários têm direito a cinco refeições diária e higienização, além de todo atendimento social. “É dado a eles material de higiene, compra de medicamentos [quando necessário], tratamento de saúde fora do município. É feito também encaminhamentos para o INSS, benefício social, tudo isso são demandas que encaminhamos de acordo com as necessidades deles”, revela Patrícia Maria.
Neste semestre o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua passou por adaptações em sua estrutura, no tocante à acessibilidade. Foram construídas rampas para cadeirantes, barras de ferro, portas mais largas, pintura de todo o local, e ainda construção de mais banheiros adaptados.
O Pop conta com atualmente com a mão de obra de três cuidadores, serviço geral, cozinheira, segurança patrimonial, coordenador, assistente administrativo, totalizando 20 servidores.