Servidor público: De bancário a jornalista, João Batista trabalha na prefeitura há 19 anos
Setentão na ativa da pasta da Comunicação, o servidor tem muitas reportagens na conta feitas para a Prefeitura de Marabá
Jornalista de formação, João Batista Ferreira de 70 anos, não é o servidor mais antigo da Prefeitura, mas é um dos mais velhos em idade ainda no exercício da profissão. JB como é carinhosamente chamado pelos colegas da Imprensa começou na Assessoria de Comunicação da Prefeitura, em maio de 2000, no governo do já falecido, Geraldo Mendes de Castro Veloso.
“Na época a Comunicação era bem mais simples, a gente trabalhava apenas com o então secretário, porque aqui sempre teve status de secretaria, embora era chamado de assessoria”, lembrou.
Segundo o jornalista, as demandas se resumiam a notas respondidas para imprensa em geral, matérias e releases enviados para órgãos de comunicação local. “Não havia muito o trabalho externo em equipe como hoje, onde é feita a produção de vídeo, matérias escritas e conteúdo para sites e redes sociais institucionais”, ressaltou.
Ele lembrou também que à época, geralmente, o então secretário municipal de comunicação era responsável por escrever o discurso do prefeito e algumas vezes para o vice-prefeito, que era o Tião Miranda.
Seu João Batista também chegou a ser secretário municipal de Comunicação, ainda quando Veloso era prefeito. “Daí então o trabalho foi progredindo, com altos e baixos, porque depende de cada administrador, um dá mais atenção que outro, mas eu vim aguentando o barco até aqui, e tenho me dado bem”, garante ele.
Matérias curtas
O servidor gosta de escrever reportagens de forma sucinta, e ainda carrega um hábito antigo, troca o gravador pela caneta. Ele prefere escrever as demandas por telefone, a utilizar o gravador. “Parto do princípio semelhante a televisão, todo texto de televisão e rádio é enxuto, pois o tempo é limitado. Enquanto no jornalismo impresso nós temos a vantagem de prolongar e, também temos o dever de dar mais detalhes, até porque não acompanhamos o mesmo time da TV e rádio. O rádio é instantâneo, hoje está assim também, a internet é bem rápida”, frisa, explicando o motivo de optar por textos bem mais curtos.
Caminhada
O gosto pela escrita começou bem cedo, quando cursava o ginásio (atual ensino fundamental), na Escola Plínio Pinheiro. “Inclusive, aqui em Marabá, criamos uma pequena academia de Letras, no final da década de 1960. Meu desejo era mesmo escrever”, enfatiza o jornalista.
Mas, João Batista não foi sempre jornalista, quando foi estudar em Belém o científico, que equivale ao Ensino Médio, fez o concurso para o Banco do Estado do Pará. Enquanto sobrevivia com o salário de bancário, cursou Jornalismo na Universidade Federal do Pará, com o diploma conquistou uma vaga na Prefeitura de Marabá.
O experiente jornalista afirma que se identifica com todas as editorias, uma vez que, sempre teve bastante contatos e fontes dos meios de comunicação. E falando nisso, Seu JB resumiu que as relações interpessoais são ótimas. “Sempre me dou bem com todo mundo, e a vida continua”. Questionado sobre aposentadoria, ele disse que já até tentou se aposentar, mas devido novas leis, as verbas caem. “Então vou continuar trabalhando até quando tiver com saúde”, finaliza.