SEASPAC: Família acolhedora melhora desenvolvimento de crianças e adolescentes com medidas protetivas
O Serviço de Acolhimento Familiar implantado pela Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (SEASPAC), há oito meses em Marabá, tem mudado a vida de crianças e adolescentes, vítimas de violência e abusos no ambiente doméstico. No município, existem sete famílias acolhedoras e quatro em fase de capacitação.
Iara Oliveira Fernandes, coordenadora do Serviço, informa que desde a implantação do programa foram executados quatro acolhimentos e os resultados já são percebidos no comportamento das crianças e dos adolescentes. O Acolhimento Familiar proporciona um ambiente de amor, proteção e cuidados para os pequenos que são afastados temporariamente das famílias.
“É muito importante para elas que a comunidade possa aderir o serviço porque os benefícios são grandes. Apesar dos cuidados, a diferença é muito maior em relação ao comportamento delas (crianças) no acolhimento familiar do que no institucional. Em questão de comportamento, cognição, de aprendizado o benefício é muito maior”, ressalta Iara.
Isabel Costa, assistente social no programa, é responsável pelo cadastramento das famílias acolhedoras e acompanhamento da criança e da família de origem, que passa por um processo de preparação para receber novamente a criança. Afinal de contas, o objetivo do serviço é garantir o retorno seguro para o seio familiar.
“A gente vê a transformação da criança, a gente está fazendo o bem. Para nós é maravilhoso e o programa está tendo êxito no município, enfatiza Isabel.
O psicólogo Diego Costa, que também trabalha no serviço desde o início, esclarece que para se cadastrar no programa são necessários requisitos estabelecidos por lei, como por exemplo, o representante da família precisa ter no mínimo 24 anos, além de residir e ter domicílio eleitoral há pelo menos dois anos no município.
Outros fatores importantes em relação ao representante da família são não ter dependência química, comprovar saúde física e mental, atestar idoneidade moral junto os órgãos competentes e, principalmente, apresentar condições de segurança, saúde e outros cuidados. Com análise aprovada pela equipe, é feita ainda uma avaliação psicossocial. O acolhimento só acontece após todo o processo e cruzamento do perfil da família com o da criança.
“Quando a gente fala de acolhimento familiar, não estamos falando de precaver nada, mas estamos remediando. A violação do direito já aconteceu, estamos tentando minimizar os danos e temos percebido as crianças mais felizes”, observa o psicólogo.