FCCM: Ex-prefeito de Marabá é homenageado em exposição
A Fundação Casa da Cultura de Marabá realiza neste final de semana, de 26 a 28 de abril, a exposição “Bosco Jadão: dossiê da vida e da política”, em que faz homenagem ao ex-prefeito do município – Paulo Bosco Rodrigues Jadão – que foi gestor entre os anos de 1983 e 1985. A solenidade de lançamento vai acontecer às 19 horas desta sexta, no Shopping Pátio Marabá, no Piso L3, ao lado da 17ª Exposição de Orquídeas.
Segundo a presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Vanda Américo, o projeto “Balaio de Histórias” foi criado para homenagear personalidades de destaque na história do município que estão vivos. A exposição foi produzida com material denominado PDV automático, em que cada uma das peças é montada em até 3 segundos, e apresentam alta qualidade de impressão. Também foram elaborados revistas, folderes, totem humano e um vídeo-documentário sobre a trajetória do homenageado. “É um material especial, condizente com o legado que ele, Bosco Jadão, deixa para nosso município”, explica Vanda Américo.
Ela antecipa que a exposição terá caráter itinerante, ficando três dias no Pátio Shopping Marabá, depois vai à Câmara Municipal, à Maçonaria e, posteriormente, a várias escolas públicas.
A abertura do evento contará com a presença de vários convidados, entre os quais o prefeito Tião Miranda, familiares, amigos e membros da Maçonaria de Marabá, entidade à qual Bosco faz parte há quase 60 anos.
O trabalho e superação sempre estiveram no DNA de Bosco Jadão. Essas duas características surgiram logo na infância, quando ele começou a trabalhar para ajudar a mãe, Pulquéria Jadão, que ficou viúva de Moisés Jadão quando o filho caçula tinha dois dias de nascido.
Eram sete filhos para cuidar e dona Pulquéria precisou da ajuda de todos eles. Moisés tinha vindo do Líbano e aqui conheceu Martinho Mota da Silveira, e tornou-se seu amigo. Martinho era casado com Zeferina, que tinha uma irmã solteira em Imperatriz-MA. Era justamente Pulquéria, que acabou casando-se com Moisés Jadão.
“Meu pai foi com a mulher de Martinho Mota, Zeferina, para Imperatriz e trouxe minha mãe e fizeram o casamento dos dois aqui em Marabá. Eles tiveram 7 filhos, sendo que três deles nasceram no Mato Grosso, para onde ele passou uma temporada explorando minério, especialmente diamante”, relembra.
Depois que retornou para Marabá nasceu Paulo Bosco Jadão em 15 de janeiro de 1935. Dois dias depois, Moisés Jadão faleceu em Belém, para onde foi em busca de tratamento de saúde.
Martinho Mota resolveu ajudar a cunhada e comprou para ela uma máquina de costura. A matriarca passou a costurar para lojas da cidade mas, mesmo assim, passado um mês os parentes se reuniram e cogitaram a possibilidade de dividir os sete filhos entre as famílias para ajudar a viúva. “Eles diziam que minha mãe não tinha condições de nos criar, mas dona Pulquéria bateu o pé e disse não. Ela não quis mais saber de marido e se dedicou à família. Minha irmã Joaquina ajudou bastante e à medida que os outros filhos iam crescendo ajudavam também. Eu estudei dois anos no Colégio Santa Terezinha. Naquele tempo o ginásio era uma dureza, e a gente fazia dois anos em um. Foi só o que eu pude fazer também”.
Serviço:
Exposição “Bosco Jadão: dossiê da vida e da política”
Lançamento: 26/04/19
Horário: 19 horas
Local: Shopping Pátio Marabá, Piso L3, ao lado da 17ª Exposição de Orquídeas
Texto e Foto: Ulisses Pompeu