Assistência Social: Seaspac inicia atividades contra Trabalho Infantil com Palestra
A Secretaria de Assistência Social e Assuntos Comunitários (Seaspac) organizou nesta quinta-feira (6) um seminário de Erradicação do Trabalho Infantil. O seminário contou com a palestra “Tráfico de drogas, uma das piores formas de trabalho infantil” e teve como público alvo os membros do sistema de garantia de direitos como educação, saúde, judiciário, ministério público e ongs.
A coordenadora das ações estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), Alda Martins, destaca também que foram convidadas crianças e adolescentes. “Convidamos, até por recomendação do Conselho Nacional da Criança e Adolescente (Conanda). Tratar de politica publica para crianças e adolescentes eles tem que estar presentes. A criança muitas vezes pratica o trabalho e não tem a compreensão que faz parte de uma violação de seus direitos”.
Um dos palestrantes, o sociólogo, João Jeronimo de Aquino Neto, explica que é preciso que a sociedade veja os jovens inseridos no tráfico de uma perspectiva sócio educativa e não apenas criminal. “O objetivo e sensibilizar os gestores de políticas públicas e a sociedade civil como um todo. Esse não é um problema ligado a questão judiciais e criminais, mas do âmbito social. Precisamos criar formas e meios de travar um diálogo entre essas duas perspectivas diferentes”.
Alda Martins explica que a prefeitura vem trabalhando a questão de crianças no tráfico de drogas na periferia e que já mapeou muitos pontos na cidade. “São crianças muitos vulneráveis que começam muito cedo. Começam pedindo, o que é uma forma de trabalho infantil, mas isso começa com 7 anos e quando tem com 12 13 já não tem o mesmo apelo com a sociedade. Pela vivencia de rua eles abandonam a escola eles migram para o tráfico, são recrutados pelo crime. É a progressão da vivencia de rua deles”.
A secretaria do Seaspac, Nadjalucia de Oliveira Martins, comenta que grande parte dessas crianças que se encontram nas ruas já são atendidas pelo serviço da Seaspac. “Porem a família continua demandando eles pra rua. Temos que conscientizar e punir as famílias. Por que continuam repetindo isso mesmo sendo acompanhados”.
Nadjalucia também comenta a importância de ações como as que estão sendo realizadas em junho. “Trouxemos dois doutores de são Paulo que são PHDs no assunto e que tem pesquisa sobre o tráfico de. Ainda serão apresentadas ferramentas e estratégias de como lhe esses fenômenos que muitas vezes não conseguimos”, comenta.
No Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, dia 12, haverá ainda um passeio ciclístico do Ginásio Poliesportivo da Folha 16 até Vila Militar Presidente Castelo Branco seguida de tarde de lazer no CSSM. Participarão os usuários do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). E n o dia 21 de junho, encerrando as ações do mês de combate ao trabalho infantil, ocorrerá o Café com Arte, na Associação da Folha 33, durante o período da manhã.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio