Cultura: Praça de Alimentação é ponto de encontro de famílias e gera renda para ambulantes
A 2ª noite do 34º Festejo Junino de Marabá começou com muita alegria e diversão. Além das danças e apresentações culturais, o evento possibilita uma grana extra para muitas pessoas, já que a expectativa da Secretaria de Cultura (Secult) é de um milhão e meio de reais passando pela Praça de Alimentação até o final do festival.
Ao todo são 50 barracas oficiais da prefeitura e outros trabalhadores não cadastrados que se beneficiam do festejo. Segundo José Scherer, Secretário de Cultura, o levantamento aponta que aproximadamente 500 pessoas trabalham no evento. “A maioria das barracas é de negócios familiares e empregam em torno de quatro a cinco pessoas. Temos também, do lado de fora, outros tantos ambulantes comercializando seus produtos”, destacou.
Devido ser um evento do calendário turístico da cidade e região, outros negócios se beneficiam. “Temos os hotéis, restaurantes e a praia que recebem o público que vem para o festival. Para algumas pessoas isso aqui é o Natal”, destaca Scherer.
A Barraca da Liduina Rodrigues é uma das que tem maior procura. A dona de casa conta que vendeu tudo que havia preparado para o primeiro dia de festejo e a expectativa é que isso se repita nos próximos dias. “Eu sou manicure. Nesse período eu faço comidas típicas. Aproveito para fazer uma renda extra. Agradeço o prefeito por ter dado essa oportunidade de a gente trabalhar, frisou.
Comidas típicas como vatapá, galinha no tucupi e maniçoba são as mais procuradas. A Barraca da Alegria trabalha especificamente com esse tipo de comida. “O movimento no segundo dia já superou um pouco da nossa expectativa. Galera está recebendo muito bem os pratos que estão sendo ofertados, assim como toda a festa e organização do evento. Expectativa está muito boa”, comenta Rui Carvalho, que trabalha junto com a esposa.
Muita gente espera o ano todo por essa época para comer essas iguarias. A estudante de pedagogia, Suzane Ferreira, de 19 anos é uma destas pessoas. “Todo ano, quando chega o mês de junho, é comendo comidas típicas. As tendas estão ótimas e a comida maravilhosa”.
A enfermeira Camila Ferreira, de 27 anos, conta que vem sempre ao festejo e elogia o ambiente. “É uma data esperada, tem aquela comidinha típica. É muito bom trazer a família e os amigos. Esse ano está melhor, organizado, cada ano que passa tem uma organização com mais excelência”, conclui.
Artesanato/Renda futura
Os artesãos também estão presentes no Festejo, através do Projeto Feira do Artesão da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários. Segundo a artesã Roseli dos Santos, o evento ajuda não só a conseguir uma renda durante a semana, como para o resto do ano. “Divulga muito o projeto e a nossa mercadoria, a gente pega muita encomenda. Vendemos bem durante e pós o festejo e porque o cliente acaba nos procurando”, ressalta.
A artesã Antonieta Alves Siqueira conta que é o terceiro ano que expõe produtos no festejo. “Vendas são boas nessa época. Se aproximam o verão, que atrai o turista, com o festejo junino. Vem muita gente de fora, o que é belíssimo. Tem que reconhecer que é muito bonito nosso festejo”, comenta.
Eliminatórias
A primeira noite de eliminatórias contou com apresentações culturais de abertura do Grupo de hip hop Pulo do Lobo e da Quadrilha “Alegria não tem idade” formada pelos idosos do CRAS Amapá. Na sequência, as quadrilhas mirins Pinga Fogo e Rei do Sertão arrancaram aplausos do público. Depois foi a vez dos bois-bumbás Estrela Dalva e Flor do Campo mostraram cores e personagens da cultura brasileira na arena. A quadrilha Coração de Estudante foi a primeira a se apresentar da categoria adulta, seguida da Sementes da Terra que estreou no Festejo e, para finalizar a noite em grande estilo, a atual campeã Fogo no Rabo, levou a torcida ao delírio.
Fotos: Jordão Nunes