Saúde: Crismu oferece implantação de DIU no programa de planejamento familiar
O Centro de Referência Integrado à Saúde da Mulher (Crismu) dispõe no programa de planejamento familiar várias opções aos casais para o momento certo da chegada de um filho, adiar o crescimento da família ou simplesmente evitar uma gravidez indesejada. Dentre essas escolhas, o dispositivo intrauterino – DIU – é considerado o melhor método contraceptivo, à frente dos mais incisivos como a vasectomia e laqueadura.
Segundo a gerente do Crismu, enfermeira Nayane Aguiar, é um método de longa duração, cerca de 10 anos, implantado gratuitamente no Crismu em qualquer fase do período reprodutivo da mulher, podendo inclusive ser colocado logo após o parto ou no decorrer da menstruação.
O DIU leva vantagem não só em comparação à laqueadura, mas também em relação aos demais contraceptivos à base de hormônios, em especial para aquelas mulheres que têm contraindicação ao uso de estrogênio ou com fatores de risco como hipertensão, diabetes e obesidade.
A implantação é um procedimento simples, realizado por um ginecologista e não afasta a mulher das atividades laborais. “Coloca num dia, no outro já está trabalhando”, observa a enfermeira, lembrando que o DIU começa a fazer efeito a partir de sete dias, período de adaptação ao organismo. É altamente eficiente, o DIU com cobre, por exemplo, apresenta taxas de gravidez inferiores a 0,4% (ou quatro mulheres a cada 1000) e nos anos seguintes essa taxa de gravidez é ainda menor. É o melhor custo benefício, por não expor a mulher aos riscos de uma cirurgia.
O atendimento para implantação do DIU no Crismu é rápido, não tem fila, bastando que a mulher manifeste interesse. A única exigência é que esteja com o exame PCCU em dia. É feita uma consulta de enfermagem e agendamento ao ginecologista.
No estoque, o Crismu dispõe de uns 300 dispositivos intrauterinos e, no momento, uma pequena demanda, considerando que, no período de um ano, somente cerca de 150 mulheres optaram por esse método contraceptivo. Nayane reitera que, gratuitamente, esse procedimento em Marabá acontece somente n a rede pública de saúde, especificamente no Crismu, já que na rede particular, a implantação e o produto custam caro.
Texto: João Batista
Fotos: Paulo Sérgio dos Santos