Meio Ambiente: Alunos apelam para o fim das queimadas durante caminhada
Mais de 200 alunos da Escola Walquise Viana foram as ruas, na quarta-feira (05), se manifestarem contra as queimadas realizadas na nossa cidade. A caminhada foi organizada pela direção da escola e o Departamento de Educação Ambiental (DEA) da Secretaria do Meio Ambiente de Marabá (SEMMA).
As crianças caminharam pelo bairro São Félix carregando faixas e cartazes e se revezaram no microfone, entoando pedidos e divulgando informações sobre as queimadas no município. O jovem Manoel Felipe Santos Sobrinho, de 10 anos, pediu para que as pessoas parem de fazer queimadas. “Pedir para que a população evite esse tipo de coisa porque não está dando mais para aguentar. Não façam mais queimada, pois isso dá prisão”, lembra Manoel.
Quem pratica crimes ambientais, a pena de reclusão é de 3 a 6 anos de acordo com o Código Penal e de 2 a 4 anos de acordo com a Lei de Crimes Ambientais. Além disso, também pode ser aplicada uma multa que pode variar de 5 mil a 5 milhões.
A coordenadora do DEA, Socorro Medeiros, fez uma avaliação positiva do ato.” Os alunos gostaram, se manifestaram, quiseram falar, dar seu recadinho e mostrar a população o risco que são as queimadas. Acho que a população entendeu”. Essa é a segunda passeata realizada pelo DEA esse ano sobre o tema. A primeira foi feita com alunos da Escola Pedro Peres no dia 27 de agosto. No dia 12 de setembro será a vez dos alunos da Escola Professor José Flávio. Além disso, a SEMMA também tem realizado blitz de conscientização pela cidade.
A caminhada também contou com a entrega de panfletos e conversas com os moradores. A diretora da Escola Walquise Viana, Jucileia da Silva Santos, lembra que o ato faz parte da Agenda Ambiental na Escola, parceria entre as escolas e a Semma, que visa a conscientização ambiental dos alunos da rede pública do município. “Já fizemos várias atividades. Esse foi mais um ponto desse projeto. Uma caminhada para dar uma conscientizada na questão das queimadas, o que envolve a preservação do meio ambiente”, destaca.
Conscientização que já alcançou a aluna Elen Sofia, 10 anos. A garota conta que na casa dela já é feita a reserva do lixo e que não são realizadas queimadas. “Deveríamos fazer mais coisas, pois tem muitas pessoas que não sabem. Que jogam lixo na rua. Sempre digo que tem que separar lixo orgânico, papel, plástico, essas coisas. As pessoas precisam aprender com a gente”, comenta.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio