HMM: Equipe de Fisioterapia atua na reabilitação cardiorrespiratória e motora de pacientes com Covid-19
O HMM conta com sete ventiladores mecânicos, cinco máscaras de mergulho adptadas e profissionais capacitados para atender os pacientes da covid-19, na Unidade de Terapia Intensiva.
Dona Catarina Aparecida Sousa, 78 anos, teve uma difícil experiência com a Covid-19. Foi internada no Hospital Municipal de Marabá (HMM), após apresentar crises de falta de ar, cansaço e dores no corpo. Cardiopata, diabética e hipertensa, a idosa classificada como grupo de risco precisou com urgência de tratamento intensivo. Ela foi submetida à ventilação não invasiva (VNI), sem a necessidade de intubação e conseguiu vencer a doença após 5 dias internada.
“Cheguei lá graças a Deus, foi tudo bom, já fui socorrida logo, fui para o balão de oxigênio. Depois usei aquela máscara [VNI], que me ajudou muito. Muito boa à máscara. E fui só sarando, melhorando e não teve nenhum momento que eu sentisse dor no hospital. Fui muito bem zelada, cuidaram muito bem de mim. Depois foram tirando aos poucos, não precisei mais da máscara”, detalha a idosa sobre o tratamento no hospital.
Dona Catarina recebeu no HMM o atendimento de uma equipe multiprofissional, indicada para os casos graves da covid-19. Dentre os profissionais que tem atuado na linha de frente no combate à doença está o fisioterapeuta.
A profissional Jamille Santos, fisioterapeuta atuante há 9 anos no HMM explica que o coronavírus pode se manifestar em diferentes formas: leve, moderada e grave. Ela ressalta que na fase grave os pacientes necessitam de cuidados de terapia intensiva, onde o papel do fisioterapeuta é de suma importância.
“Nosso trabalho, engloba a reabilitação cardiorrespiratória, atuação na fase de ventilação mecânica invasiva e ventilação mecânica não invasiva, manejo do ventilador mecânico e escolha da melhor interface de oxigênio para o paciente”, esclarece Jamille.
A profissional reitera ainda que a equipe de fisioterapia também atua na “reabilitação motora, na manutenção da funcionalidade, evitando a imobilidade, o descondicionamento físico e a fraqueza muscular, devolvendo assim qualidade de vida para o paciente”.
Cléia Cordeiro Ribeiro, neta de dona Catarina, é quem buscava notícias da avó no hospital durante a internação. Para ela, o atendimento fisioterapêutico foi essencial no tratamento da idosa que já está se recuperando em casa, ao lado da família.
“A máscara fez toda a diferença no tratamento. Porque ela chegou num estado bem crítico. No primeiro dia, ela não teve uma melhora, a gente voltou pra casa desperançoso, mas no segundo dia, com uso da máscara e de medicamentos, a gente já começou a ter respostas. Ah, o sentimento é de gratidão, de alívio. No dia em que recebemos a notícia de que ela iria ter alta, foi um alívio” conclui satisfeita e feliz a dona de casa.
Atualmente o HMM conta com 07 ventiladores mecânicos e 05 máscaras de mergulho adptadas para atender os pacientes da covid-19, na Unidade de Terapia Intensiva. Luzinete de Brito, 59 anos, não precisou desses cuidados intensivos, quando esteve internada no Hospital Municipal, mas ainda assim, convive com as sequelas deixadas pela covid-19. A cabeleireira passou 10 dias internada, em dezembro de 2020, com os sintomas moderados da doença e sabe que a prevenção ainda é a melhor maneira de combate ao vírus.
“O covid veio com dor na cabeça, na garganta, febre, agonia, falta de paladar e olfato. Nada tinha gosto. Muito difícil. Cheguei lá cansada, pediram raio-x e ultrassonografia. E aí foram feitos dois testes que deram positivo. Colocaram máscara de oxigênio, eu usei uns 5 dias. Então, melhorei minha respiração e eles foram tirando aos poucos. Sem a máscara eu não teria resistido”, detalhou Luzinete que orienta as pessoas a continuar se cuidando para evitar a infecção.
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Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento e Sérgio Barros