Covid-19: Consciência e obediência aos protocolos de segurança podem salvar vidas
População faz apelo para que moradores cumpram as medidas de contenção do novo Coronavírus. Associação Comercial e Industrial de Marabá também reforça pedido.
Pelas ruas de Marabá quando a pergunta é: o que você tem feito para evitar a contaminação pelo coronavírus? As respostas estão na ponta da língua. O uso de máscara, higienização das mãos, o distanciamento, evitar aglomeração, ficar em casa, dentre outras, ou seja, a falta de informação não tem sido o problema a fim de tentar evitar a infecção.
Para a dona de casa Erismar Oliveira, 48 anos, o aumento na transmissão da doença está diretamente relacionada à falta de consciência e de responsabilidade por parte de alguns. Na tarde desta segunda-feira, (12), ela precisou ir ao comércio, mas não se descuidou do uso da máscara e do uso do álcool.
“A covid-19 é horrível! As pessoas têm de ter o máximo de cuidado, principalmente os jovens. As pessoas não querem ter consciência e responsabilidade. Eu tive os devidos cuidados e ainda sim peguei e não estava em aglomeração. Tem gente que não tem noção do que é uma covid. Acha que é bobagem. Tenho o meu marido que é de risco, mas graças a Deus ele não pegou. Eu fiquei trancada os dias que tinha de ficar e fui curada”, descreve sobre a experiência com a doença.
O vendedor Ricardo Costa, 52 anos, passou a comercializar máscaras de tecidos pelas ruas da cidade para fugir dos impactos da pandemia e com isso tem ajudado na prevenção da população, a qual ele considera que precisa melhorar nos cuidados com a saúde.
“É um vírus perigoso. A maioria das pessoas não está se cuidando. Jovens saem pras festas e levam a doença pra casa. Acham que são de ferro. O sentimento é que isso passe logo e a gente volte ao normal. Nunca imaginei na minha vida que um dia iria vender máscaras”, afirmou o vendedor autônomo.
A comerciária Valdeína Passos ressalta que o vírus causa morte e as pessoas precisam se cuidar mais.
“No começo as pessoas meio que duvidaram do vírus, por isso, houve esse aumento. Agora acredito que estão se preocupando com elas e com os entes queridos. Então é banho, álcool em gel, pegou dinheiro, lavar as mãos com sabão, usar álcool, evitar aglomeração”, disse a gerente de uma loja de sandálias.
Willian Gomes é comerciante na Marabá Pioneira onde trabalha com a venda de artigos de festas. Ele sabe que com a chegada da vacina o combate contra a covid-19 está sendo reforçado, mas ainda sim, não abre mão dos cuidados básicos para evitar o contato com o vírus. Na opinião do comerciante, infelizmente a desobediência ainda faz parte dos hábitos de muita gente. Ele reforça que na casa dele e no comércio procura manter as regras.
“Deixam a desejar no uso da máscara, proteção essencial. O álcool em gel também, no manuseio com outras coisas, pega no material leva na boca, nos olhos. Em casa é não entrar em casa de sapato, trocar a roupa do lado de fora, na medida do possível o distanciamento social e evitar logradouros que há maior circulação, também né. Na loja, temos álcool em gel, máscaras para clientes que às vezes esquece em casa”, pondera o empresário.
João Tatagiba, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), observa que ao menos no comércio todos estão fazendo a sua parte e os cuidados têm sido evidentes tanto para evitar a proliferação do vírus quanto o fechamento das lojas. A primeira ação da associação foi à conscientização dos comerciantes e funcionários, mas esse ano o foco tem sido os clientes.
“O comércio vem desde o ano passado tentando contribuir nesta pandemia, no sentido de minimizar os impactos. Fazendo campanha de conscientização, doando medicamentos para a prefeitura. Distribuindo máscaras. Foram várias ações. Carro de som pelos bairros da cidade com mensagens impactantes. A campanha desse ano foi conscientizar a população porque não tem ajudado como necessita”, destaca Tatagiba.
Além disso, o presidente da Acim diz que a associação atuou junto ao Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Araguaia e Tocantins (CISAT) para conscientizar os prefeitos dos municípios vizinhos.
“Solicitamos que a presidente fizesse uma reunião com os prefeitos da região pra que a gente passasse a esses prefeitos as ações que estamos realizando em Marabá, e que elas fossem replicadas nesses municípios pra gente dar uma alívio pra essa população que vem pra Marabá”, ressalta o presidente.
Texto: Leidiane Silva
Foto: Aline Nascimento