Saúde: Basílio, 29 anos, uma história de superação na UTI/Covid no HMM
Jovem teve 90% do pulmão comprometido mas sobreviveu ao novo Coronavirus.
No dia 17 de março ele começou a sentir os sintomas característicos da COVID-19. Depois de ser consultado preventivamente, Basílio Gonçalves da Cruz, 29 anos, morador de Rondon do Pará, começou a sentir falta de ar e teve seu estado agravado. Seis dias depois, no dia 23, depois de realizar um Raio-X e uma tomografia ele descobriu que já tinha 40% do pulmão comprometido. Três dias depois ele foi internado em um hospital particular ainda em Rondon e logo depois foi transferido para o Hospital Municipal Marabá (HMM), chegando em uma na sexta,26.
A partir daí começou uma história, que hoje é considerada rotina, mas que passou a ter contornos diferentes do normal: um jovem de 29 anos teve o quadro agravado rapidamente e saiu da enfermaria as pressas para a UTI, com 90% do pulmão comprometido ele foi rapidamente entubado, devido à hipertensão e a falta de oxigenação.
Uma batalha pela vida começou neste momento. Basílio ficou internado na UTI por 10 dias. O quadro permanecia grave, com saturação baixa. Ele lutou com todas as forças junto ao tratamento executado por toda equipe multidisciplinar de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnico de enfermagem do hospital, com ajuda da medicação para combater o grave comprometimento pulmonar.
Após muita luta a equipe do HMM começou a diminuir a sedação gradativamente e o Basílio já respirava com ajuda de 25% do respirador mecânico. O quadro ainda inspirava cuidados.
Na terça-feira, 6, teve os tubos retirados e já respirava sem ajuda de aparelhos. Foi transferido então para UCE (Unidade de Cuidados Especiais) ainda em observação. Foram mais sete dias de angústia por parte da família e amigos, mas o Basílio se recuperava de forma surpreendente.
Na última quarta-feira, 14, enfim veio à boa notícia. A alta tão esperada chegou. Um jovem de 29 anos, passou por um dos maiores pesadelos, antes só vividos por pessoas mais velhas, diante de uma doença que está levando 50% (média brasileira) dos que estão em UTI à óbito.
Mas Basílio respirou mais uma vez. Sua esposa Érica, agora feliz, conta que foram os piores dias da sua vida e de toda a família e “graças a um ato de superação e a uma equipe dedicada do HMM” conseguiu a vitória tão esperada.
Segundo Basílio, que já está em casa se recuperando, “esta doença é traiçoeira e perigosa e quem puder, tome todos os cuidados para não ser o próximo alvo”.
Esta é uma das muitas histórias vividas pelas equipes do HMM ao longo de mais de um ano de tratamento da COVID-19 para os pacientes de Marabá e de mais de 21 municípios da região. Uma história de superação, mas acima de tudo, de dedicação de toda equipe e do próprio Basílio.
Texto: Alessandro Vianna
Fotos: Divulgação