Dia das Mães: Instinto materno na vida pessoal e profissional contribuindo para ajudar o próximo
Três mulheres guerreiras e uma missão em comum: de cuidar do próximo! Uma função movida por um sentimento maior do que qualquer outro, o amor. Jérlia, Najla e Juliene são trabalhadoras da área da saúde, em Marabá, e, apesar de não terem parentesco algum, as três têm semelhanças grandiosas até desconhecidas por elas: ajudar as pessoas por meio da profissão. Um trabalho árduo que precisa de dedicação, atenção, dentre outras características próprias de uma mãe e que ganha sentido na volta pra casa no aconchego da família, ao lado dos filhos.
A enfermeira Jérlia Santos Pires, 37 anos, que trabalha há 10 anos no Hospital Municipal de Marabá, é mãe do Theo, de 4 anos. E nem precisa dizer que o menino é o amor da vida dela. O pequeno é autista, necessita de cuidados especiais, e quando Jérlia e o marido saem para trabalhar ele tem de ficar com os cuidadores. Neste momento de pandemia, a enfermeira viu a rotina apertar, ao mesmo tempo em que o coração ficou ainda mais sensível, com o desejo de proteger e cuidar mais dos pacientes, típico do sentimento maternal, que se multiplica na volta pra casa, ao olhar para o filho.
“Quando você vê uma criança no hospital, você que tem filho, logo imagina: se fosse o meu filho? O cuidado é ainda maior. Cada dia é uma história, um caso, não tem como não trazer algo pra casa, um sentimento. Eu tenho que ter o apoio da minha família, esposo, do filho. E, às vezes, a gente se sente impotente como mãe, porque eu deixo de estar na minha casa dando amor, carinho, atenção para o meu filho, ensinar ele, para cuidar do outro. Ele deixa de ter o aconchego de mãe. Eu compenso brincando com ele, levando pra passear, dando banho, dormindo com ele. Quando saio do hospital sou mãe, esposa, dona do lar. Tenho de me dedicar. Família é uma base”, comenta, emocionada, a enfermeira.
A copeira Juliene Gomes Macedo, 42 anos, é mãe de 4 filhos, todos já crescidos. Juliakson de 24 anos, Akyn Gabriel de 18, Akyane de 17 e a caçula Júlia Helen de 15 anos. Apenas os três mais novos ainda moram com Juliene, que tem de contar com o apoio incondicional do marido na criação dos filhos, enquanto ela cumpre o expediente no Hospital Municipal de Marabá. Trabalha o dia inteiro e, às vezes, também a noite servindo alimentação, afeto e esperança aos pacientes e, sempre que pode, também palavras de conforto. Em casa, a função é gerenciar a harmonia familiar.
“Deixo com o pai e vou. Mas sempre procuro amenizar os conflitos, contornar as confusões de adolescentes. São preciosos para mim. No trabalho tem muitas situações que eu me coloco no lugar da mãe, do filho. Virou rotina se colocar no lugar do próximo. Procuro levar assim com dedicação. Tenho um lema comigo: ‘a gente tem de compreender mais do que ser compreendida’. Ao chegar em casa, depois do banho, eu abraço é um alívio. O meu refúgio, meu porto seguro”, relata Juliene.
Najla Vera Dias, 32 anos, é assistente administrativa na Unidade Básica de Saúde Pedro Cavalcante, tem 8 anos de serviço público e o trabalho dela é resolver a parte burocrática para dar agiidade às ações na UBS. Por trás dos papéis, ela cuida dos pacientes e dos colegas de trabalho. Uma vez ou outra, na unidade de saúde, ela ajuda como pode no atendimento ao público. A Najla afirma estar vivendo um dos momentos mais marcantes na profissão. Por conta da pandemia, o serviço dobrou e as emoções também. O alento tem sido a família. Ela é mãe da Alícia de 9 anos e lembra que, por algum tempo, ficou sem abraçar a filha num gesto de amor.
“No trabalho a gente sempre se emociona entre um caso e outro. De ver pessoas da população carente, sem conhecimento, que nem sabe por onde começar. Eu já presenciei muita situação desagradável. No inicio da pandemia, a gente teve de ficar longe do convívio da família, quando chego em casa tomo banho, lavo os cabelos. Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida ficar sem abraçar minha filha. Dói o coração. Ainda mais porque é criança né?!, quer abraçar e não pode. Eu acho que comecei a rever alguns valores. Algumas coisas mínimas, corriqueiras, do dia a dia, a gente passa a dar mais valor. O valor que as pessoas têm pra gente e o que a gente tem pra elas”, pontua Najla.
Jérlia, Juliene e Najla são pessoas semelhantes no amor ao próximo, e por escolha, são exemplos claros dos cuidados e atenção dedicados pelos profissionais de saúde aos pacientes no município. Um amor comparado ao maternal, sem medidas, em prol do bem!
Em nome dessas três mães e profissionais dedicadas, a Prefeitura parabeniza todas as mamães. <3
Veja outras fotos dessas mamães incríveis:
Texto: Leydiane Silva
Produção: Emilly Coelho
Fotos: Aline Nascimento e Paulo Sérgio