Seaspac: Programa Criança Feliz atende mais de 600 famílias no município
Desde 2018, o município de Marabá conta com o Programa Criança Feliz, responsável pelo acompanhamento de crianças de 0 a 36 meses, que fazem parte do Cadastro Único, e até 72 meses para as crianças que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de gestantes. É um programa do Governo Federal que, em Marabá, é coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (SEASPAC).
A metodologia principal do programa é a visita domiciliar, realizada por técnicos capacitados, seguindo as diretrizes da cartilha de Cuidados para o Desenvolvimento da Criança (CDC), elaborada pelo Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Durante as visitas são realizadas atividades lúdicas, que estimulem o desenvolvimento integral das crianças, bem como o fortalecimento dos vínculos familiares e da participação da família nesse momento importante, como destaca a Secretária de Assistência Social do município Nadjalúcia Oliveira.
“O programa vem suprir demandas voltadas para a primeira infância onde a educação ainda não consegue abarcar e serve como uma matriz para a família que participa e se sente comprometida a cuidar e ter responsabilidade com essa criança”, pontua a secretária.
Para Nadjalúcia Oliveira, o programa tem papel fundamental na preocupação com o futuro da criança. “O programa faz com que a família se sinta pertencente e, onde outras políticas públicas não chegam, nós estamos chegando e isso é importante não só paras as famílias como também para a comunidade local”, afirma.
As visitas são realizadas de forma periódica. As crianças são visitadas semanalmente e as gestantes a cada mês. O programa iniciou com 400 famílias atendidas e, atualmente, realiza o acompanhamento de 490 crianças e 112 gestantes, após o Governo Federal anunciar que Marabá poderia ampliar em mais 200 atendimentos. O Programa Criança Feliz no município é referência para o estado do Pará.
“A gente faz a busca ativa das famílias mais vulneráveis e indicadas pelo próprio Cadastro Único, onde há o quantitativo indicado. O nosso propósito é que no ano que vem o nosso programa seja ampliado para 800 atendimentos”, revela o Coordenador do Programa Criança Feliz, Luíz Silva.
Durante a pandemia, o programa suspendeu as atividades, mas por um período curto. Com as aulas também suspensas, era necessário que o programa não parasse. Com todos os cuidados necessários, as visitas voltaram a acontecer.
Uma característica importante do Criança Feliz é que, por meio do acompanhamento da criança, os técnicos podem identificar outras demandas da família que podem ser atendidas. A partir da identificação dessas necessidades, a família é encaminhada para o Centro de Referência de Assistência Social mais próximo.
Além das atividades executadas, o visitador avalia o processo de aprendizagem e de desenvolvimento de habilidades da criança. Caso haja alguma demanda, as crianças são encaminhadas para especialistas, seja psicólogo, nutricionista ou consulta médica, por exemplo.
“O interessante é que o Criança Feliz faz integração e articulação com as demais políticas públicas e vemos resultados positivos nessa atuação seja com atendimento de saúde, encaminhamento para o núcleo de educação infantil ou BPC”, destaca o coordenador do programa.
Atualmente, o PCF é composto por 25 técnicos entre visitadores e supervisores.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Aline Nascimento / Divulgação