Saúde: Em 02 meses, CCZ realiza mais de 300 testes rápidos de leishmaniose
A prevenção é a melhor solução para evitar que a doença se espalhe. Coleiras repelentes, sprays, pipetas, vacinas estão entre os insumos utilizados para o animal não contrair a zoonose
Ionete Lopes, compreendeu a importância de prevenir a leishmaniose. Na manhã desta quinta-feira (22), a professora levou a cadela SRD (sem raça definida) Dama da Noite, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), para fazer o teste rápido de leishmaniose. Mesmo que o cão não apresente sintomas, o teste para detectar a doença, também conhecida como calazar, deve ser realizado, a fim de preservar o cão, as pessoas que moram com eles e até mesmo vizinhos. Os testes gratuitos estão disponíveis no CCZ, as segundas-feiras de 8 às 10h, quartas-feiras de 13 às 15h e também nas quintas-feiras das 8 às 10h.
Do final de maio até o mês de julho, 314 animais foram testados contra a leishmaniose. O médico veterinário Flávio Ferreira, coordenador do CCZ, alerta para os cuidados com a doença, caso não tratada, pode ser fatal. “Quando a região é endêmica, no caso de Marabá, o interessante é que se o animal apresente ou não sintomas o proprietário deve fazer o exame, porque as vezes tem uns animais assintomáticos e estão com a doença. Esses assintomáticos têm reservatório e podem complicar a vida das pessoas da residência ou de vizinhos”, atenta. O médico veterinário ressalta que a leishmaniose transmite ao ser humano, não pelo contato, mas pela picada do mosquito. O flebotomíneo (mosquito palha) pica um animal que está infectado, ele se reinfecta e pica o ser humano ou animal fazendo a transmissão da doença.
O coordenador do CCZ destaca que o diagnóstico é necessário para ser aplicada a vacina que é uma forma preventiva, uma vez que, temos de trabalhar com a prevenção, a profilaxia. “Fazer uso de repelentes, sprays que você pode usar de sete em sete dias, fazer uso da pipeta e coleiras que tem uso de 4 meses a 8 meses para prevenir e fazer controle ambiental (não acumular lixo e outros materiais) para que o mosquito não venha proliferar na residência ou em locais que tenham esses animais”, aconselha o médico veterinário.
O proprietário do animal deve fazer a sua parte, ajudando o CCZ na prevenção com os insumos disponíveis. “Às vezes o animal tem característica de leishmaniose e pode ter outra doença como a sarna demodécica canina, sarna sarcóptica ou carrapatos, neste caso deve fazer uso de comprido para proteger o animal. Hoje pegamos vários animais com unhas grandes, alopecias que são sintomas da leishmaniose e ainda as dermatites em si, queda de pelo e ferimentos, que são sintomas característicos de leishmaniose”, frisa Flávio Ferreira.
Os testes positivos são encaminhados para laboratório para confirmação e tratamento posteriormente.
ANIMAIS
A professora Ionete Lopes, dona da cadela dama da noite, considera a importância a prevenção e tratamento contra leishmaniose. “Eu acho importante por conta de você prevenir e tratar, porque a leishmaniose vai afetar não apenas o animal, mas as pessoas que convivem com ele. É necessário que a gente faça esses exames. Ela [Dama da Noite] não tem sintoma, mas é necessário fazer. No particular o teste está quase 100 reais, ajuda bastante o gratuito. O CCZ precisa fazer mais campanhas e também com animais que estão na rua, ficamos muito triste com isso. Fiquei sabendo pelas redes sociais que estava fazendo teste e vim correndo”, conta a professora.
Alex da Silva, trabalha em um petshop e trouxe dois cães para fazer o teste de leishmaniose, a Estela e o Zezão que estão apresentando sintomas. “O Zezão tem sarna, perda de peso, fuço ressecado e a Estela está até com ferimentos no nariz. É importante prevenir a leishmaniose, porque a população também está arriscada a contrair a doença, temos de prevenir. Vim fazer o teste para ficar ciente, ou fazer o tratamento”, explica ele emocionado, que além de Zezão e Estela tem mais quatro cães.
Serviço: O CCZ recebeu uma remessa de testes rápidos e está realizando nas segundas-feiras de 8 às 10h, quarta-feira 13 às 15 h e na quinta-feira das 8 às 10h.
Endereço: Avenida 2000 s/n. Belo Horizonte. Cep: 68503-240.
Telefone (94) 3324-4411 (Whatsapp)
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Sérgio Barros