Dia do Escritor: O poder de transformar palavras em um mundo de emoções
“temos muitos autores, memorialistas, muitos estilos de escrita, de fixação fantástica, o público em Marabá é bem assistido de conteúdo, basta buscar os autores regionais”, Cezamar Oliveira, presidente da Academia de Letras de Marabá
No dia 25 de julho, o Brasil homenageia aqueles que se dedicam às palavras escritas usando a criatividade como uma das principais ferramentas para transformar palavras em uma viagem pelo mundo da imaginação. Os escritores têm o dom de provocar diferentes efeitos, dependendo do gênero escrito, da literatura e história escolhida, eles despertam curiosidades, risos, lágrimas, raciocínio e/ou muitas outras emoções.
Foi em meio a muitas tentativas de escrita, que o administrador Cezamar Oliveira teve o primeiro livro publicado. O feito aconteceu em 2014, e é uma literatura infantil com o título “Dafne e os bichos papões”. Desde então, o escritor marabaense não mais parou. Após um ano e meio, publicou o segundo conto, “Alfredinho Rapidinho”. A partir da terceira obra, o escritor deu outro passo importante. Com o livro intitulado “Empatia” Cezamar celebrou a produção independente. Isso quer dizer que criou, escreveu, revisou, ilustrou, editou, publicou e lançou seus livros sem passar por uma editora. Agora já são dez livros publicados com várias temáticas, como o Bullying. As obras estão disponíveis, inclusive, nas plataformas digitais Wattpad e Amazon.
De forma descontraída, Cezamar Oliveira faz revelações sobre o seu processo criativo. “Escrever é um vício, é gostoso. A gente cria o tempo inteiro. As histórias nascem do cotidiano, do dia a dia, do ordinário. É o tempo todo. Estou sentado conversando e aí vem o feeling daquela ideia e eu já anoto no celular, guardo. Quando chego em casa já escrevo alguma coisa” pontua o escritor.
O escritor marabaense, presidente da ALMA – Academia de Letras de Marabá -, ressalta também que existem nove obras dele iniciadas, entre suspense, terror e comédias. “Alguns já estão quase prontos. Às vezes você demora três anos, quatro anos, para concluir uma obra, não que eu tenha ficado esse tempo escrevendo a obra direto. Mas é que vem uma ideia, você escreve um pouco, depois já pula pra outra, intercalando”, pondera, sobre seu processo criativo.
Um dos últimos trabalhos dele é o livro “Janjão, o pé de feijão”, que terá o lançamento oficial divulgado em breve, mas já está disponível nas plataformas.
“É um reconto usando os elementos da história original, mas a história de fundo é totalmente diferente, fala de valores de família, amor fraterno. Então, é isso, as temáticas das histórias também vêm amadurecendo um pouco com um tempo”, descreve sobre a caminhada de escritor.
Escritor em Marabá e as oportunidades
Em Marabá, a Biblioteca Municipal Orlando Lobo é um espaço de apoio para os escritores, inclusive durante a pandemia, os escritores têm tido amplo espaço nas transmissões ao vivo, realizadas pela Secretaria de Cultura.
“Temos realizados vários eventos, como lançamento de livros, contações de histórias, conversas com escritores, e o legal da live, é que a gente pode reunir pessoas que estão locais bem diferentes”, destaca Evilangela Lima, coordenadora da Biblioteca.
Para o presidente da Academia de Letras de Marabá, ser escritor no município não é difícil, a afirmação surge ao análisar a quantidade de escritores e de movimentos em prol desse público, bem como, Academia de Letras, Associação dos Escritores do Sul e Sudeste do Pará (Aessp), dentre outras instituições, além de eventos, como Sarau da Lua Cheia, organizado pela Aessp
“Tem muita gente boa, com trabalho escondido na gaveta. Marabá é uma cidade que ferve da escrita. Para todos os guerreiros que escrevem na cidade e aqueles que têm interesse, digo que a [literaluta] não pára. Se você tem a sua obra iniciada, termine. Se tem obra terminada procure uma forma de publicar, submeta a análise, se ela não for considerada, talvez a pessoa que leu não estava preparada, continue insistindo que uma hora vai dar certo”, enfatiza Cezamar.
E para a população fica a dica: “temos muitos autores, memorialistas, muitos estilos de escrita, de fixação fantástica, o público em Marabá é bem assistido de conteúdo, basta buscar os autores regionais”, finaliza.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Sérgio Barros