Saúde: Quadro de médicos é ampliado no HMM
A partir desse mês de outubro, o HMM conta com serviço de ampliação da escala de médicos em todas as áreas para atender a população demais de 20 municípios da região.
O dia 18 de outubro no Brasil é marcado pelo dia do médico, profissional dedicado à saúde humana, e que ganhou destaque mundial, por fazer parte do grupo de heróis que lutam incansavelmente pela vida, diante da pandemia mundial do coronavirus.
Atuando em consultório, centro cirúrgico ou no atendimento emergencial, o médico é aquele que deve buscar a recuperação de seu paciente. Em Marabá, eles estão distribuídos em vários espaços públicos, desde as Unidades Básicas de Saúde e centros, até hospitais para tratar e curar a população que precisa do atendimento.
No Hospital Municipal de Marabá (HMM), onde o atendimento é de urgência e emergência, a população está servida diariamente de oito médicos que atuam entre o pronto socorro, clínica médica e pediatria, além de especialistas, como vasculares, cirurgiões, ortopedistas, dentre outros.
É no pronto socorro e na ala covid-19 do HMM, que o médico generalista Wesley Oliveira, formado pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), tem atuado nos últimos meses aqui na cidade. Desde que chegou ao município, o profissional assumiu uma rotina que faz jus aos motivos que o levaram a escolher a profissão.
“Eu sempre senti que eu deveria ser responsável por algo. Medicina é muito isso, responsabilidade. Melhorar a vida do outro. Essa é uma profissão que me possibilita fazer isso todos os dias. Os pilares que me motivam é essa vontade de ajudar o outro, o fato de gostar do que faço, e a busca contínua pelo conhecimento”, pontua o médico plantonista e coordenador do setor covid-19.
Com apenas três anos de formação, Wesley atuou no HMM em um dos momentos mais difíceis da saúde pública mundial, a luta contra o vírus invisível e letal. Ele precisou colocar em prática mais do que conhecimentos técnicos, mostrou que a humanização faz toda a diferença no atendimento.
“É preciso ter muita dedicação e resiliência acima de tudo. Porque a faculdade vai te preparar para um mundo, às vezes, muito diferente do real. É preciso ter empatia, se colocar no lugar do outro. No HMM eu tenho um apego muito grande, porque me possibilitou uma curva de crescimento na experiência, conhecendo profissionais experientes. Me deparei com as dificuldades do dia a dia, que acabou quebrando aquele romantismo da faculdade de que tudo será perfeito e me deu a maturidade de entender que mesmo em situações que você não tem tudo, a gente pelo menos é obrigado a dar tudo de si”, observa o médico sobre o inicio da carreira.
Desafios da profissão
“Um dos grandes desafios é a dificuldade estrutural dos serviços que a gente vai encontrando pela frente. Em algum momento a gente vai acabar esbarrando, de maior ou menor potencialidade. A outra é a exigência que precisa do profissional, você não trabalha como médico, você é médico 24 horas por dia, 7 dias por semana. Então, às vezes, a gente tem uma jornada mais longa, que demanda não só um esforço intelectual mas físico também”, conta.
Como a população enxerga o profissional médico?
“Tem uma dualidade muito grande. Têm profissionais que entendem muito bem o nosso exercício, que advogam muito a nosso favor, respeitam e admiram nossa profissão. Outra parcela é claro critica, acha que a gente faz parte da elite e vê o médico como aquele profissional que não tem muita paciência, empatia, e muitas das vezes isso acaba sendo culpa nossa também, às vezes acabamos pregando isso. Mas acredito que grande parte da população ainda enxerga nossa profissão com admiração e respeito. E poderia ser ainda melhor se nós nos posicionássemos e lutássemos para manter as nossas características de entregar um serviço de qualidade para nossos pacientes”, conclui.
Atendimento médico nos hospitais de Marabá
Nos dois hospitais municipais mantidos pela Prefeitura de Marabá, o atendimento médico é contínuo e com melhorias a cada dia. No HMM, há pouco menos de um mês o serviço da escala médica foi terceirizada. O hospital atende uma média diária de 430 pacientes de Marabá e cerca de 20 municípios vizinhos, como explica Fabrizzio Bastos, diretor administrativo do HMM.
“Temos uma gama de médicos para atender a população no perfil do hospital, que é de média e alta complexidade. Atualmente temos duas empresas dentro do hospital para gerenciar os médicos. Eles não são mais contratados pelo município. O nosso dever como município é fiscalizar o serviço para ver se está sendo cumprido o que foi acordado no contrato”, esclarece Fabrizzio.
O HMM atualmente conta com 30 leitos na clínica médica, 40 na clínica cirúrgica, 05 na UCE, 14 na pediatria, 10 na UTI covid-19, e 16 na estabilização covid-19. Vale ressaltar que o HMM recentemente reformou e reinaugurou a ala da pediatria e brinquedoteca melhorando o atendimento às crianças.
Por outro lado, no Hospital Materno Infantil, onde trabalham 12 obstetras, 06 pediatras e um clínico geral, a média de atendimento ambulatorial mensal é de 700 pacientes. Quanto aos partos, a média é de cerca de 400 mês. A maternidade conta com 61 leitos, sendo 14 deles exclusivos para pacientes infantis, inclusive com leitos de UTI Neonatal.
Neste 18 de outubro, Dia Nacional do Médico, a Prefeitura de Marabá, agradece a todos profissionais médicos pela dedicação e serviços prestados a população.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Paulo Sérgio