Defesa Civil: Secretaria de Assistência Social faz levantamento nos abrigos para entrega de benefícios
Nível dos rios se encontra está em 11,69 metros acima do normal. O que representa uma subida de 1 cm
Na manhã desta sexta-feira (7), equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (SEASPAC) foram distribuídas nos abrigos oficiais da Prefeitura, localizados em frente a Obra Kolpping, Bairro São Félix, Rua 5 de Abril, na antiga Borges Informática, Folhas 31, 32 e 14, Praça Paulo Marabá e Avenida Sororó. O objetivo da Defesa Civil é que as equipes levantem informações sobre as famílias para entrega do cartão de benefícios, entre outras melhorias. Hoje (07), o nível dos rios Tocantins e Itacaiúnas está em 11,69 metros acima do normal, com um aumento de 1 cm em 24 horas, sendo considerado estável.
De acordo com Karen Bicho, agente de coordenação da Defesa Civil Municipal, entre as finalidades das equipes da Seaspac está também o de reconhecer o que precisa melhorar na estrutura, como aumento do número de banheiros químicos, ampliar quantidade de caixas d´águas, verificar condições de energia, pessoas com problema de saúde, a fim de levar assistência médica. “Estamos aproveitando que o rio está estável para organizar essas questões de logística”, pontua a agente de Defesa Civil.
Atualmente são 281 famílias em abrigos, 410 desalojadas, ou seja, que podem pagar aluguéis ou vão para casa de familiares, 324 ribeirinhos vindos das regiões do Carrapato, Flor do Brasil, Ilha dos Macacos, Ribeirinhos do K8 e Tacho, 106 famílias ilhadas, as quais a Defesa Civil Municipal presta assistência. “Essas pessoas são aquelas que vão para as lajes, o que não é o correto, porque dificulta nossa abordagem, caso precisamos retirar”, explica Karen Bicho.
Segundo ainda a Defesa Civil Municipal, cestas básicas serão disponibilizadas para os desabrigados com previsão para 10 dias. Os moradores temporários dos abrigos terão, além das cestas básicas, auxílio saúde, visita do Centro de Controle de Zoonoses e agentes da Secretaria de Meio Ambiente, dedetização com a Vigilância Epidemiológica, entre outras assistências.
REPERCUSSÃO
A dona de casa Elizângela Soares Feitoza de 40 anos, mora na Marabá Pioneira e foi para o abrigo da entrada do núcleo na segunda-feira, 3. Agora ela respira mais aliviada. “Aqui está melhor, porque quem tem criança para estar nessas águas é muito difícil. São 4 pessoas na minha família. Estamos dormindo bem e até agora não molhou, a estrutura não tem goteiras, está melhor do que ficar no molhado para perder as coisas, se não tirar logo, perde tudo. Um dia estávamos no seco, rapidamente a água já estava na porta”, conta.
Outra, que já estava instalada desde segunda no mesmo abrigo da entrada da Marabá Pioneira, é Lucimeire Rodrigues da Silva de 37 anos. Ela mora na Rua Pará, uma das primeiras a alagar. Todo ano ela tem de mudar para os abrigos com mais 6 pessoas. “A água estava longe de casa, às 10h já estava dentro e tivemos de vir para os abrigos. Agora está tudo bem”, afirma.
Serviço: A Defesa Civil Municipal já está funcionando em uma nova sede, com estrutura mais ampliada na Rua 7 de Junho, nº 1020, Marabá Pioneira.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Paulo Sérgio