Covid-19: Doses de vacina pediátrica estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde para crianças de 06 a 11 anos
A dona de casa Marlúcia Rodrigues fez um mutirão e levou quatro sobrinhos de 7, 10, 11 e 12 anos para receberem a vacina contra a Covid-19 na Unidade Básica de Saúde João Batista Bezerra, no bairro Santa Rosa, núcleo Marabá Pioneira. “É para eles se protegerem do vírus que está matando muita gente. Então trouxe os meus sobrinhos, trouxe logo todos para tomarem a vacina. Estão um pouco com medo, mas vou estar ao lado deles”, observa.
Gyovanna de Souza, de 12 anos, aproveitou o rolê com a tia para tomar a segunda dose da vacina. Ela compartilha o sentimento que tem ao receber o imunizante. “Aproveitei que meus primos vieram tomar a primeira dose para tomar a minha segunda. Não tenho medo de agulha, não”, pontua.
Nessa primeira semana de vacinação da faixa etária de 6 a 11 anos nos postos de saúde, o movimento na João Batista Bezerra foi tranquilo. De acordo com a técnica de enfermagem Mayara Rodrigues, responsável pela aplicação do imunizante, houve resistência por alguns pais em levar os filhos para receber a vacina, mas ela percebe que a procura está aumentando.
“Nós vemos que os pais estão se interessando mais. Estamos com uma demanda ainda um pouco reduzida, porém graças à divulgação eu espero que as pessoas continuem divulgando que a vacina está disponível nas unidades e que, futuramente, a gente consiga atender a população geral de todas as crianças do município de Marabá”, ressalta a técnica.
Sobre a reação das crianças na hora da agulhada, a técnica explica que nem sempre dá em choro. “As crianças têm medo da agulha, mas já cheguei a presenciar criança que ‘Não, tia. Que bom que eu estou vacinando, eu estava esperando chegar a minha idade’”, reitera.
O Ruan Costa tem 10 anos e veio junto com a tia, os primos e o irmão Luan. “Eu que falei pra titia que se ela fosse levar meu irmão para vacinar era para me levar junto. Estou com medo da agulha, mas não vou chorar”. Depois que recebeu a vacina, Ruan fez uma expressão de dor, mas falou “nem senti”, disse.
A caçula do grupo Maria Sophia Leal foi bem direta sobre o que pensa da vacinação. “Acho bom”. Ela também disse que não ia chorar, mas o medo da agulha foi maior. No final, disse “doeu um pouco”, contou.
A vacinação para crianças de 6 a 11 anos segue em todas as Unidades Básicas de Saúde da zona urbana, bem como a aplicação da 1ª e 2ª segunda dose para adolescentes e jovens. Nesta terça-feira, a Secretaria Municipal de Sáude está abastecendo os postos de saúde com doses da vacina da fabricante Pfizer. Vale ressaltar que a 3ª dose deve ser tomada por pessoas com mais de 18 anos. Para vacinar, a criança deve estar acompanhada de um responsável legal, apresentar cartão SUS.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio