Seaspac: Programa Família Acolhedora abre cadastro para novos inscritos
O Serviço de Acolhimento Familiar, ligado à Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), está com inscrições abertas para famílias interessadas em cuidar temporariamente de crianças e adolescentes, que estão sob proteção da justiça. Atualmente 15 famílias são cadastradas e parceiras do programa e 7 crianças estão em acolhimento familiar.
Jeane Márcia Carvalho, 43 anos, conheceu o programa por meio de uma amiga e já fazem 2 anos e meio que ela e a família são participantes. No momento, Jeans acolhe um bebê de 1 ano e 10 meses.
“Ser família acolhedora é amar, me dedicar a eles, dar muito carinho e atenção, e eu sou muito feliz em ser família acolhedora. É muito amor envolvido. Todas as vezes que sai um da minha casa é um sofrimento, mas eu agradeço muito a Deus por ser mãe dos meus três filhos e por ser mãe destes bebês, que eu acolho na minha casa. Enquanto Deus me der vida, saúde eu quero participar do programa, porque são crianças que precisam de amor, de carinho, de cuidado”, relata a dona de casa.
Ana Maria Reis, assistente social no serviço de acolhimento familiar, enfatiza que, em Marabá, o programa é amparado pela Lei Municipal 17.809/2017, que regulamenta o funcionamento do serviço. Assim ela traça os perfis e requisitos daqueles que podem se cadastrar no programa.
“Basicamente, a família tem de residir em Marabá a mais de dois anos, ter idoneidade moral, não ter pretensão de adoção, mas sim ajudar uma criança no momento difícil por qual vai estar passando”, pontua a assistente social.
As crianças e adolescentes atendidas pelo Programa Família Acolhedora são as que tiveram de ser retiradas da família, seja por risco pessoal ou social (abandono, negligência, abusos) encaminhadas ao acolhimento institucional.
“De acordo com estudos, é mais saudável uma criança viver em família, em comunidade, do que em uma instituição. Então com esse serviço, ela é encaminhada para conviver em outra família cadastrada e capacitada por uma equipe, que dará todos os cuidados necessários no período em que a situação judicial dela se resolva”, esclarece.
Renilde Xavier, psicóloga na Família Acolhedora, explica que para estar apto para acolher a criança ou adolescente, o candidato passa por análise de cadastro e um curso de formação onde recebe todas as orientações necessárias. Vale destacar que as crianças são encaminhadas de acordo com o perfil das famílias.
“Essas famílias dão todo o suporte às crianças que precisam de amor, carinho, atenção, cuidado. Elas já recebem atendimento educacional, amparo de saúde, atendimento psicológico, então toda a rede é envolta justamente para atender essa demanda”, explica a psicóloga.
A criança pode ficar até dois anos em acolhimento familiar, até que o retorno à família de origem seja determinado pela justiça. Por isso, é importante reforçar que o acolhimento é diferenciado da adoção, pois a criança ou adolescente em algum momento terá de deixar o acolhimento temporário para retornar ao seio familiar ou para um novo lar adotivo.
As pessoas interessadas em participar do Programa Família Acolhedora devem procurar o serviço, localizado na Rua Araguaia, número 630, bairro Novo Horizonte, atrás da Maçonaria do Novo Horizonte. O telefone para contato é o (94) 98803-1978 também funciona WhatsApp.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento