Linha de frente: Enfermeira se dedica há 25 anos ao cuidado com o próximo
Há mais de 25 anos, Socorro Souza, 47 anos, decidiu se dedicar à vida profissional cuidando de pessoas. Ela começou como agente comunitária, seguiu com os estudos, se preparou e depois de 15 anos passou a usar o jaleco branco na condição de enfermeira.
“Foi a profissão que me escolheu. Foi acontecendo e terminei me tornando enfermeira, nada planejado. Eu era dona de casa, sonhava em ser psicóloga, mas depois comecei a trabalhar na saúde e aconteceu. Trabalhei quinze anos como agente de saúde. Eu tinha meu grupo de idosos, gestantes, e aí fui me apaixonando pelos cuidados, pela assistência”, comenta Socorro.
Socorro tomou posse, por meio de concurso público, em Marabá há um ano. Atualmente, é coordenadora de equipe na Unidade Básica de Saúde Hiroshi Matsuda, na Folha 11. A enfermeira trabalha na Estratégia da Família, por isso, além de atender na UBS, ela também faz atendimentos em domicílio. Esse atendimento ficou bem difícil de realizar durante a pandemia do Coronavírus.
“Foi bem complicado, aquela pressão. Ter de atender, se proteger e proteger o paciente. Também temos de cuidar dos que estão em casa. Já passei por outras situações, dengue, chikungunya, H1N1, mas nada comparado a covid. O enfermeiro tem aquela coisa de não baixar a guarda. Sabemos que temos de cuidar, sabemos que temos de fazer aquilo, então foi natural, apesar da proteção, da dificuldade em usar todo aquele aparato”, descreve a profissional.
Na Atenção Básica, os enfermeiros têm um trabalho muito importante. Na Estratégia da Família, eles planejam, gerenciam e executam ações no âmbito da saúde individual e coletiva. Também é deles a função de supervisionar a assistência direta à população. Além do mais, a equipe de enfermagem realiza ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação, bem como, desenvolvem educação em saúde e educação permanente. Nas UBS, a jornada de trabalho é de 8 horas por dia.
“Pra mim a minha profissão é o meu segmento, minha vida. A gente se dedica tanto que acaba fazendo parte da gente. Os desafios são as lutas do dia a dia, conviver com as desigualdades. A recompensa é saber que você pode aliviar a dor de alguém, orientar e ser útil na vida de outra pessoa”, finaliza a enfermeira.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento