Seaspac: Agosto Lilás encerra com palestras, serviços e música

A campanha Agosto Lilás da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas da Mulher, pelo fim da violência contra a mulher encerrou na sexta-feira (25), no Shopping Partage. Além do shopping, o evento contou apoio do Inácios Hotel e Ministério Público do Estado do Pará, através do Núcleo de Enfrentamento à Violência.

Durante o encerramento houve palestras, rodas de conversas, painel sobre a Lei Maria da Penha, serviço de maquiagem e a música da banda The Queen, composta apenas por mulheres.

“O Agosto Lilás teve a realização de várias atividades em Marabá nas escolas, Cras e empresas privadas a favor do fim da violência contra mulher. Hoje é o encerramento, mas as atividades continuam. A Coordenadoria da Mulher levou palestras, conhecimentos e serviços para diferentes locais do município”, ressalta Priscila Veloso, secretária adjunta da Seaspac.

***Priscila Veloso, Secretária Adjunta da Seaspac***

A Ilza de Moraes já foi vítima de violência pelo marido, em uma relação que durou 8 anos. Ela conta que o companheiro bebia, quebrava as coisas da casa e a agredia verbalmente. “Foi uma experiência bem ruim. Na época, achava que tinha que suportar aquilo. Foi no período que engravidei. Adquiri ansiedade e quando consegui finalmente sair do relacionamento, tive que tomar remédios que tomo até hoje”, revela, ressaltando que atualmente está fazendo curso de técnica em enfermagem.

Ilza relata ainda que a experiência poderia ter sido diferente se possuísse as informações que adquiriu na campanha Agosto Lilás. “Eu era nova, não tinha conhecimento, sofri bastante até encontrar pessoas que me apoiaram a fazer tratamento. Se tivesse na época esse conhecimento que está sendo passado aqui, não teria chegado até onde cheguei. A violência tem que ser denunciada mesmo. É uma ação muito boa para que todos tenham conhecimento, saibam como denunciar, saibam o que fazer e que podem sair desse ciclo de violência”, completa Ilza.

Rosa Lima, 35 anos, amiga de Ilza, também assistiu as palestras e destacou o conhecimento adquirido. “Importante valorizar o Agosto Lilás que busca defender nós mulheres. Palestras boas para termos mais conhecimentos. Viemos motivados pela nossa professora do curso. Estou aprendendo que tenho direitos que achei que não tinha, que existem vários tipos de agressão física e psicológica que sofremos e, às vezes, não sabemos”, comenta.

Após as palestras, o encerramento ficou por conta da banda The Queen da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), composta apenas por mulheres. “Responsabilidade grande tocar aqui por causa do nome que viemos carregando. São 17 meninas levando esse empoderamento para todo mundo. A mensagem é que temos direito de fazer o que quiser. Hoje tocamos música de mulheres que foram feministas, falar em letras o que somos”, pontua a baterista Débora Reis, 20 anos.

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita para a Polícia Militar, no número 190, e em delegacias e órgãos especializados onde a vítima procura amparo e proteção, como a Delegacia especial de Proteção a Mulher (DEAM), Centro de Referência de Atendimento a Mulher (CRAM), Coordenadoria da Mulher e, ainda, nas entidades da sociedade civil que também são porta de entrada dessas denúncias.

Outra opção é ligar para o Disque-Denúncia, no número 94 3312-3350, e na central de atendimento à mulher, por meio do telefone 180, que funciona 24 horas por dia, totalmente gratuito e confidencial em mais 16 países, incluindo o Brasil.