Esporte: Águia empata e decisão da vaga no Brasileiro fica para jogo no Ceará
Na noite desta segunda-feira (31), a torcida marabaense voltou a lotar o estádio Zinho Oliveira para apoiar a equipe do Águia de Marabá, no sonho do acesso à Série C do Campeonato Brasileiro. Mas apesar de toda a pressão, o time de Marabá ficou no empate por 1×1 com o Atlético do Ceará. A decisão da vaga para as oitavas de final da quarta divisão do futebol nacional ficou para o próximo domingo (6), no Estádio Presidente Vargas, no Ceará.
O jogo começou agitado, com o Águia pressionando e buscando o ataque. E, logo, aos cinco minutos de partida, Bruno Limão cobrou escanteio e Betão fez 1 a 0 para o Azulão.
O time marabaense continuou pressionando após o gol e dominando a partida, mas aos 25 minutos, depois de falha na marcação, Davi Torres viu uma boa oportunidade e chutou de longe, sem chances para o goleiro Axél Lopes. Era o empate do Atlético cearense.
No restante do primeiro tempo, o jogo se manteve mais duro e truncado, com muitas faltas e poucas chances de gol. Em um dos últimos lances do primeiro tempo, Lucas Maranguape do Atlético levou cartão vermelho após deixar o braço no rosto do jogador Alan Maia.
A expulsão animou a torcida para o segundo tempo. Um dos mais alegres era o pequeno Miguel Silva, 10 anos. Ele sonha em ser jogador do Águia de Marabá e começou a acompanhar todas as partidas com a mãe Sabrina Silva.
“Quero ser zagueiro. Sou fã do Alan Maia e do Betão. Estou vindo todo jogo e o Águia vai ganhar. Torço muito por eles e vamos buscar essa vitória”, comenta o menino.
A mãe dele, Sabrina Silva, diz que não era uma fã de futebol, mas está aprendendo a gostar por meio do sonho do filho e que cada vez mais tem se apaixonado pelo Águia.
“Estamos vindo sempre, esse ano. Acho que o time está bom. Cada vez gosto mais e ficamos muito felizes quando vence. Então hoje estou torcendo muito, espero que o resultado venha”, completa.
Mas apesar de toda a pressão o resultado não veio. O Águia pressionou muito, mas não conseguiu furar a sólida defesa adversária.
Diferente do primeiro tempo, a segunda etapa começou mais morna, com os times brigando bastante pela bola no meio de campo. O técnico do Águia, Rafael Jaques, fez logo duas alterações no começo do segundo tempo.
Já Michel Lima, treinador do Atlético-CE, fez a primeira mudança somente aos 22 minutos da segunda etapa. Com a entrada Balão Marabá no Azulão, o time marabaense ficou mais ofensivo e buscando mais o ataque, por outro lado, a equipe cearense se defendia do jeito que dava.
Assim foi até o fim da partida. Com os jogadores do Atlético fazendo muita cera e inventando lesões. Comportamento que irritou bastante a torcida e jogadores aguianos. O Nildo Rocha, da Torcida Organizada do Águia de Marabá (TOAM), viu o jogo ao lado da mulher Janes Sousa e do filho Marcel Gabriel, de 3 anos, e não escondeu a decepção com o resultado.
“Precisamos ganhar por pelo menos uns dois gols aqui para decidir lá. O time deles é bom. Agora complicou um pouco mas ainda temos chance. Time pressionou muito em alguns momentos, mas também teve seus vacilos. Agora é torcer”, desabafa o torcedor.
O jogo que pode ser o último do Águia no ano será às 15h de domingo (6). Em caso de empate, a decisão da vaga para as oitavas de final da Série D será nos pênaltis. Quem vencer estará classificado e manterá o sonho do acesso para a terceira divisão em 2024.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Jordão Nunes / Sara Lopes