ASSISTÊNCIA SOCIAL: COORDENADORIA DA MULHER OFERECE ATENDIMENTO PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
Há menos de dois meses funcionando em prédio novo e com toda a estrutura renovada, a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher, em Marabá, tem conseguido exercer sua função junto às mulheres da cidade e do campo. Os atendimentos são voltados em especial, para as mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Desde a inauguração, a coordenadoria já realizou 76 atendimentos, incluindo visitas domiciliares (12), institucionais (35) e atendimentos individuais (29). Segundo Júlia Rosa, presidente da coordenadoria, tem sido possível atender tanto as demandas encaminhadas pelos serviços e programas sociais do município, como o ProPaz Mulher, quanto as espontâneas.
“Aqueles casos que não carecem de encaminhamento para processo judicial, o ProPaz Mulher encaminha pra nós. Antes essa demanda era encaminhada para o Creas, agora tem crescido muito”, observa a presidente.
É importante ressaltar que o prédio que abriga a Coordenadoria da Mulher, na verdade se tornou um centro de referência de atendimento. Lá além da coordenadoria, também funciona o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher. Uma equipe interdisciplinar fica disponível para atender as vítimas e em alguns casos, o atendimento se estende aos filhos.
No centro, o atendimento começa no acolhimento. É nesse momento que é identificado o tipo de atendimento que cada mulher necessita. A psicóloga Debora Ronchetti, faz parte da equipe e conhece bem a vida das mulheres que procuram os serviços. Segundo ela, são mulheres que chegam geralmente fragilizadas e merecem atenção.
“Às vezes a gente faz o encaminhamento para ela ser atendida pela rede com acompanhamento psicológico. Atendemos por aqui quando é um caso excepcional, mas geralmente nosso trabalho é esse de articular, mostrando o serviço que essa mulher tem disponível no município”, enfatiza a psicóloga.
Quem também tem contato direto com as mulheres é a Assistente social Patrícia Gouvêa, profissional responsável por fazer uma escuta especializada ao receber as vítimas. Ela conta que uma das missões é de orientação. No atendimento as mulheres ela explica os tipos e o ciclo da violência, como forma de conscientizar e preparar as mulheres para a busca dos direitos.
“Essa mulher pode vir ao centro de forma espontânea. Aqui ela é atendida, orientada e, se necessário encaminhada à Rede. A partir daí entra o Ministério Público, a delegacia e o ProPaz. Além da violência, também tem a questão social, caso esteja passando por necessidades, ela é encaminhada ao Cras de sua de referência”, enfatizou.
A Coordenadoria da Mulher ou Centro de Referência de Atendimento à Mulher, está localizada na rua Miguel Davi, no Bairro do Novo Horizonte.