Assistência Social: Seaspac promove Encontro com Elas para apresentar suas garantias e direitos
Na quinta-feira, 22, mulheres dos diferentes núcleos da cidade, usuárias do Centro de Referência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) participaram do 1º Encontro com Elas, no auditório da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac).
O encontro contou com a presença de psicólogo, assistente social e representantes da secretaria, com o intuito de divulgar os meios para acessarem as redes de proteção do município e conhecerem seus direitos.
“Esse encontro reuniu mulheres de todos os bairros. Tratar sobre as garantias dos direitos dessas mulheres que têm suas histórias. Muitas vítimas de violência e viemos trazer para explicar como acessar a rede da Seaspac”, explica Priscila Veloso, secretária adjunta da Seaspac.
Ela destaca alguns dos benefícios e direitos encontrados pelas mulheres da rede pública, como os “grupos de convivência, orientação jurídica, Auxílio Brasil, incentivo para a mulheres continuarem estudando, cursos de diversas áreas para buscar independência financeira”, entre outros.
Virgínia Nancy Gonçalves, psicóloga da rede pública ressalta: “Eu trabalho no Centro de Referência das Mulheres vítimas de violência. A gente tem uma demanda grande de atendimento. Elas precisam muito e o encontro é para aproveitar também o setembro amarelo que aborda depressão, suicídio e percebemos essa demanda também entre as vítimas. Nós as reunimos aqui para falar também disto”.
O evento contou com a participação de cerca de 60 mulheres.
A participante Gleicy Kelly, 33 anos, conta que ficou sabendo nas redes sociais e ressalta a importância da participação. “Muitas situações de violência serão debatidas hoje. Violência doméstica, quais nossos direitos que vão se perdendo e elas não sabem como buscar esses direitos para que façam valer”, comenta.
Ela conta que quando se tornou usuária do Creas nem sabia da existência dos órgãos. “Campanhas como essa tiram muitas dúvidas, quebram muito tabus. Muitas mulheres têm medo e não procuram as diversas políticas públicas de Marabá. Tive uma experiência pessoal ruim e não conhecia nem sabia como era nada. Diante disso fui conhecendo muitas pessoas com experiências parecidas e isso também gera uma rede de união e inclusão que vai ajudando nessa caminhada”, completa.
Centro de Referência de Atendimento à Mulher
O diretor técnico da Seaspac, Luiz Silva, explica que hoje o município de Marabá conta com uma rede de proteção bem ativa, iniciando na prestação social básica com os Cras. Atualmente, após discussões com o Ministério Público, está em fase de implementação o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram).
O novo espaço tem o objetivo de atender às mulheres vítimas de todo e qualquer tipo de violência. Em um único espaço tem o atendimento psicossocial, psicológico e acolhimento.
“O Cram é um centro que vai receber a mulher vítima de qualquer tipo de violência. Nesse espaço a mulher contará com uma estrutura física e de recursos humanos pensando em sua acolhida e contará com assistente social, psicólogo e pedagoga, que farão todo esse atendimento futuro, até essas mulheres saírem desse estado para serem reintegradas novamente à população com seus direitos garantidos. A ideia é alocar o Centro com outros órgãos que buscam preservar o direito das mulheres”, explica Luiz.
O diretor técnico Luiz Silva informa que atualmente funciona na coordenadoria junto ao conselho. “Mas estamos em fase de locação da sede que vai agrupar o conjunto de serviços, Condim, Cram, Patrulha Maria da Penha e a própria Coordenadoria da Mulher. Uma unidade única, onde a mulher terá toda essa rede pronta para recebê-la”.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Secom