GMM: Caminhada pede fim da violência contra a mulher
O domingo (1⁰) começou com a I Caminhada pela Família e pelo Fim da Violência Contra a Mulher, promovida pelo Instituto Familiar de Marabá, que contou com a participação de representantes de ONGs e Associações de Mulheres.
Com carro-som, faixas, cartazes e muitas bandeiras, os participantes percorreram a VP 8, saindo da praça Osório Pinheiro (em frente à Prefeitura), passando pela Feira da 28, com finalização no portão principal do Campus I da Unifesspa na Folha 31, percurso de 1,5 km de caminhada.
Sirleia Alves, do Instituto Familiar de Marabá, coordenou a caminhada. De acordo com ela, os últimos acontecimentos de violência contra a mulher, casos de feminicídio e agressões físicas, colocaram Marabá no topo da violência contra a mulher em todo estado.
“Não podemos mais permitir que vidas de mulheres sejam perdidas, estamos aqui pedindo justiça e um basta contra a violência à mulher. Nós temos voz e queremos ser ouvidas, queremos que a justiça seja feita, já não suportamos tanta violência”, disse Sirleia Alves.
Entre os participantes, estava Cleiton Batista de Sousa. Ele perdeu a esposa Gleide Saldanha Aguiar, morta no mês passado, no bairro Araguaia. A esposa e uma amiga dela, Leane Alves da Silva, também foi atingida pelos disparos e morreu. Ele pede justiça.
“Eu perdi minha parceira, nós tínhamos um projeto de vida e olha o que ficou, nada amigo, sem ela é difícil demais, nós tínhamos cinco anos juntos e agora é conviver com a falta diária dela, muito dolorido tudo isso”, relata Cleiton Batista.
O pedreiro, Edivan Rodrigues Couto, é tio da jovem Daniara Rodrigues Couto, assassinada pelo ex-marido que não aceitava o fim do relacionamento. Daniara estava grávida do 4º filho. “Minha sobrinha era amada por todos e nós vamos fazer justiça. A morte de Daniara não vai ficar impune, vamos fazer justiça, ela se foi e ficaram aqui as crianças, sem mãe, isso é muito triste”, relatou.
A Caminhada Pela Família e Pelo Fim da Violência Contra a Mulher teve o apoio do DMTU, órgãos de imprensa e da Guarda Municipal, através da Patrulha Maria da Penha.
“Esse é o momento da gente dizer um basta a essa violência crescente e Marabá está aumentando os casos de crimes contra a mulher, e isso não pode continuar a acontecer em nossa cidade”, destacou Jacileia Saldanha, Guarda Municipal integrante da Patrulha Maria da Penha.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio Santos